Política

O que o Amapá tem a ganhar com o corredor marítimo entre o Brasil e a China

Ministério anuncia nova plataforma para impulsionar relações comerciais; importação de biofertilizantes para a região inaugura parceria


 

Cleber Barbosa
Da Redação

 

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) participou do lançamento da Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latina-Americana, no fim da semana, durante visita da comitiva de representantes da empresa chinesa Zhuhai Sino-Lac ao município de Santana (AP).

 

Na ocasião, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, formalizou um protocolo de intenções entre a plataforma e a Companhia Docas de Santana (CDSA).

 

O acordo define as diretrizes para a criação de uma rota marítima direta entre a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau ao Porto de Santana das Docas, reduzindo em 14 dias o tempo de transporte em comparação com as rotas tradicionais. A iniciativa posiciona o Porto de Santana como um hub estratégico entre Brasil e China, começando com a importação de biofertilizantes.

 

Waldez Góes destacou que desde o início do mandato do presidente Lula, em 2023, o Brasil tem fortalecido acordos de cooperação com a China para simplificar negócios, reduzir barreiras comerciais e abrir novas oportunidades de intensificação das relações sino-brasileiras.

 

“Recebemos uma delegação chinesa liderada pelo senhor Zhu Chuangxin, com o objetivo de discutir nossas relações comerciais, especialmente em relação à logística estratégica do Porto de Santana, na região Norte, conforme a prioridade estabelecida pelo presidente Lula. Este ano, teremos a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, e uma comitiva está trabalhando para desenvolver essa agenda na China”, afirmou o ministro.

 

O primeiro lote do biofertilizante, que já foi testado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), começará a chegar em novembro. Os testes iniciais ocorrerão no Amapá e, posteriormente, haverá uma transferência de tecnologia por meio da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para a produção local. Com esse objetivo, a universidade firmou acordo de cooperação com a Sino-Lac, empresa chinesa que conduz a Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latina-Americana.

 

Desenvolvimento regional

O ministro Waldez sugeriu que o porto de Santana seja utilizado para facilitar essa importação, contribuindo para o desenvolvimento regional, uma vez que a importação terá o Amazonas como destino inicial. Além de facilitar a importação de biofertilizantes, o protocolo também estabelece o Porto de Santana como um foco central para a entrada e saída de produtos entre Brasil e China, futuramente ampliando o escoamento de matérias-primas agrícolas produzidas no Amapá e em outras regiões do Brasil para a China.

 


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