Cidades

Militares dizem que Amapá só vai despontar quando sair do isolamento geográfico

Publicação da Revista Sociedade Militar, dedicada à Defesa Nacional e à Geopolítica, questiona por que o Amapá ainda é o único sem ligação rodoviária


 

Cleber Barbosa
Da Redação

 

Apesar de sua riqueza natural e localização estratégica, o estado ainda carece de uma rodovia que o conecte diretamente ao restante do país. Para chegar ao Amapá, os brasileiros precisam utilizar uma balsa ou avião, pois a opção de ir de carro ainda não existe.

 

Para os mais aventureiros, existe uma rota alternativa que envolve um extenso percurso: saindo do Brasil por Roraima, passando pela Guiana, cruzando o litoral do Suriname e, finalmente, pegando uma balsa. É uma verdadeira viagem “volta ao mundo” para chegar ao estado, refletindo o nível de isolamento que o Amapá enfrenta.

 

É o que questiona uma publicação da Revista Sociedade Militar, um veículo de comunicação fundado em 2011 especializado em Segurança Pública, Defesa, Militarismo, Forças Armadas e Geopolítica. Com linguagem acessível e clara, trazemos conteúdo de qualidade sobre os principais temas que impactam o setor militar no Brasil e no mundo.

 

Saída ao Platô

Desde 2011, uma ponte entre o Amapá e a Guiana Francesa permite uma conexão internacional, facilitando o intercâmbio com o exterior. Contudo, a entrada na Guiana Francesa requer respeito a rígidas regras de imigração, em parte devido às recentes tensões fronteiriças na região.

 

 

No passado, o Amapá foi palco de disputas territoriais entre Brasil e França. A definição da fronteira só foi possível após mediação da Suíça em 1900. Mesmo com a ponte recente, o estado permanece isolado, sendo rodeado por água e coberto em 72% por florestas.

 

Possibilidades

A economia do Amapá é essencialmente baseada no setor primário, com destaque sobretudo para o extrativismo mineral e vegetal. Devido ao seu isolamento, o estado possui pouca presença de indústrias pesadas e depende fortemente de sua capital, Macapá. A geografia única do Amapá cria obstáculos logísticos, mas também resguarda uma biodiversidade e uma identidade cultural únicas, que destacam o estado no cenário brasileiro.

 


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