Amapá apresenta produtos sustentáveis e potencialidades na biodiversidade, na Colômbia
Produtos da bioeconomia e iniciativas voltadas para o apoio à inovação foram temas de painéis de apresentação na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade
Com práticas inovadoras, responsabilidade ambiental e conservação de suas florestas, o Amapá participa da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), que com o tema “Paz com a Natureza” reúne mais de 190 países, em Cali na Colômbia. O Governo do Estado apresenta a bioeconomia e o uso sustentável das riquezas naturais com equilíbrio ecológico no encontro que acontece até 1º de novembro.
A COP16 de Cali é a primeira reunião da comunidade internacional desde a adoção, em 2022, de um inédito roteiro para salvaguardar a natureza. A aplicação do acordo de Kunming-Montreal coloca o Amapá bem posicionado internacionalmente no cumprimento das metas de preservação até 2030. O evento antecede a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro, com participação do Governo do Amapá.
Representado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Amapá apresentou o painel organizado pela Bioeconomy Amazon Summit, no espaço Amazônia Forever, da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“O Amapá está bem posicionado no eixo internacional, especialmente em relação à meta 3 do Marco Global que trata da proteção e conservação com a extensa área de nossas florestas protegidas. Isso é resultado das políticas públicas que vêm sendo efetivadas pelo governo do estado para manter os índices favoráveis da nossa biodiversidade”, destacou o secretário adjunto da Sema, Cássio Lemos.
Na ocasião, o evento contou com a participação de representantes do Pacto Global da ONU, BID e KPTL, oportunidade em que diretor técnico de Desenvolvimento Ambiental do Amapá, Marcos Almeida, destacou o papel do empreendedorismo e da inovação na agenda de biodiversidade do estado.
“Apresentamos a realidade do Amapá, o potencial do ecossistema empreendedor local, evidenciando como soluções econômicas sustentáveis podem contribuir para a preservação da floresta viva. Além disso, o grande desafio dos produtos da biodiversidade é a escala necessária para atender às exigências de certificação de mercados globais cada vez mais criteriosos”, explicou o diretor de Desenvolvimento Ambiental do Amapá, Marcos Almeida.
Dentre as inovações do Governo do Estado, foi enfatizado o papel estratégico do primeiro Hub de Inovação do Amapá que, aliado ao acesso a fundos como os disponibilizados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), visa impulsionar o desenvolvimento sustentável de pequenas propriedades rurais, de cooperativas a associações da agricultura familiar. Um caminho que fortalece a economia criativa da região, com soluções baseadas na natureza.
“O Amapá não busca ser o maior produtor de nenhum produto específico da biodiversidade, o estado quer ser reconhecido por suas marcas, produtos diferenciados, pelos esforços na conservação da biodiversidade e pela valorização adicional que contribui para a preservação da fauna, flora e do patrimônio bioativo da Amazônia. Esse esforço, reforça o compromisso com a conservação e o desenvolvimento econômico sustentável”, reforçou Almeida.
Ao longo da conferência, o governo do estado apresentou, ainda, o papel da bioeconomia no desenvolvimento econômico da região amazônica, o enfrentamento do aquecimento global, a redução no uso de combustíveis fósseis e sistemas agroalimentares. Nesta perspectiva, a finalidade é obter apoio internacional para desenvolver programas sustentáveis e modelos de referência no desenvolvimento econômico.
COP16
Os países haviam se comprometido a apresentar, antes da COP16, uma “estratégia nacional de biodiversidade” que refletisse sua parte nos esforços para alcançar os 23 objetivos globais estabelecidos, como proteger 30% da terra e do mar, restaurar 30% dos ecossistemas degradados, reduzir pela metade o uso de pesticidas e a taxa de introdução de espécies exóticas invasoras, e mobilizar 200 bilhões de dólares anuais para a proteção ambiental.
A COP16 antecipa também, por meses, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas COP30, que vai acontecer no Pará, em 2025. O Amapá será sub-sede do evento, com mais de 95% das florestas preservadas e 73,56% do território dedicado a unidades de conservação e povos originários. O estado possui um modelo global e exemplar de preservação baseado na bioeconomia sustentável, que alia a floresta em pé e o desenvolvimento da economia e renda para a comunidade.
“O Amapá possui 21 unidades de conservação, quatro delas são de uso sustentável, o maior percentual de áreas protegidas do país, incluindo unidades de conservação como a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, um modelo de geração de renda que mantém a nossa floresta em pé”, ressaltou o coordenador de gestão de unidades de conservação e biodiversidade da Sema, Euryandro Costa.
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