Clécio mostra que Amapá diminui atuação de facções criminosas
Governador esteve em Brasília em encontro com o presidente Lula, que apresentou proposta de emenda constitucional estabelecendo estratégia de segurança pública nacional para conter avanço do crime organizado atuante no Brasil com algumas ramificações no exterior
Douglas Lima
Editor
O governador Clécio Luís observa que a violência no Amapá passa principalmente pelo crime organizado, vendo que isso é uma realidade relativamente nova no estado, até há poucos anos vista apenas nos noticiários nacionais.
A observação do gestor foi feita no LuizMeloEntrevista (Diário FM), na manhã desta sexta-feira, 1, dia seguinte ao que ele teve encontro com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, em Brasília, na companhia de todos os demais governadores do país, à exceção de Romeu Zema (MG), que mandou representante.
O Presidente chamou os governadores para lhes apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece uma estratégia de segurança pública nacional para conter o avanço das facções criminosas atuantes no Brasil, algumas com ramificações no exterior.
No encontro, o governador do Amapá se destacou com a exposição que fez sobre a realidade com a presença de facções criminosas que passaram a atuar no estado há no máximo 15 anos, quebrando, por assim dizer, o histórico de paz da vida dos amapaenses.
Clécio lembrou que ao assumir o governo, em janeiro de 2023, houvera uma cisão entre as facções criminosas do estado, desencadeando execuções e enfrentamentos que aumentaram o indicador de mortes violentas intencionais (MVI), passando o Amapá a configurar como um dos estados mais violentos do país, notadamente nas cidades de Macapá e Santana.
Diante da situação, o governo recorreu ao então ministro da justiça e segurança pública, Flávio Dino, que socorreu o Amapá com recursos e equipamentos avançados para o combate ao crime, estratégia que foi fortalecida por investimento em inteligência, integração das forças e pelo chamamento de servidores concursados para as polícias e Corpo de Bombeiros.
Como dissera ao presidente Lula e aos colegas governadores na capital federal, na véspera, o governador atestou no programa de rádio que o Amapá hoje diminuiu bastante a atuação e os efeitos das organizações criminosas, saindo de entre a unidades federativas com maiores indicadores de mortes violentas intencionais, e liberando Santana, que chegou a ser citada como a cidade brasileira mais violenta.
O gestor amapaense informou que no geral os governadores aprovam a PEC apresentada pelo presidente Lula, mas que ele particularmente não concorda com retirada da autonomia do estado em segurança pública, aceitando, porém, a coordenação do combate ao crime pelo governo federal e a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
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