Política

Primeira-dama Janja defende exploração de petróleo no Amapá

Dado o trâmite, mesmo que Ibama venha a licenciar prospecção de óleo, não dá mais tempo para isso acontecer ainda no corrente ano


 

A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, considerada muito influente no governo, saiu em defesa do Amapá em relação à Margem Equatorial brasileira, próxima à bacia da foz do rio Amazonas, na costa do estado.

 

“Isso sempre foi tratado com muito cuidado, com muita tranquilidade, a exemplo do que foi o pré-sal, de como foi a condução; a Petrobras é uma potência, uma empresa de ponta no desenvolvimento de tecnologia”, disse a primeira-dama, em entrevista à CNN Brasil.

 

“Então acho que a gente tem total capacidade para explorar sem prejudicar o meio ambiente”, completou Janja.

 

O presidente Lula (PT) também tem defendido que os estudos para uma eventual exploração de óleo na região sejam feitos de forma responsável.

 

A Margem Equatorial abrange

uma área que vai da costa do Rio Grande do Norte à do Amapá. A potencial exploração de óleo na região, que inclui a foz do rio Amazonas, é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais.

 

Isso porque a extração defendida pela Petrobras ocorreria a uma distância de cerca de 500 km do rio. No ano passado, o Ibama chegou a dar um parecer que impedia a iniciativa, que depois foi liberada pela Advocacia-Geral da União.

 

A estatal pleiteia licença do Ibama para iniciar com o trabalho de prospecção. A disputa no governo começou em maio de 2023, quando o instituto negou o pedido da Petrobras para realizar testes de viabilidade no poço FZA-M-59.

 

Em setembro, o ministro de minas e energia, Alexandre Silveira, disse que o Brasil estaria m fase “quase final” para obter a licença necessária e que a Petrobras estaria cumprindo condicionantes ambientais. O ministro, no entanto, não cravou um prazo para a estatal obter a autorização do Ibama.

 

Um mês depois, no fim de outubro, o impasse se intensificou quando o Ibama solicitou novos esclarecimentos a Petrobras. O orgão pede, entre outros esclarecimentos, informações sobre a composição das equipes de veterinários e biólogos que trabalharão na base e sobre o tempo de deslocamento previsto para animais acidentados. Dado o trâmite, não há chances de a licença ser concedida ainda em2024.

 

Fonte: Poder 360

 


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