Profissionais da Polícia Científica do Amapá recebem capacitação como operadores de drones para perícia
Aulas buscam aprimorar técnicas de investigação criminal em cenas de crimes, acidentes e incêndios
O Governo do Estado, reafirmando o compromisso em oferecer formação de excelência aos profissionais da segurança pública do Amapá, formou 20 profissionais da Polícia Científica (PCA), como operadores de drones. As aulas buscaram aprimorar técnicas de investigação criminal.
Os alunos aprenderam a realizar voos seguros e eficientes, conforme a legislação vigente, e a aplicar essa tecnologia em diversas atividades, como a documentação e análise de cenas de crimes. O manuseio das aeronaves não tripuladas, específicas para os trabalhos periciais, é uma ferramenta útil para a documentação e análise de cenas de crimes e acidentes.
“O drone hoje tem essas funcionalidades. Conseguimos acessar esses locais de difícil acesso e também áreas onde há risco para o profissional. Então o drone auxilia nesse sentido, para podermos fazer uma boa perícia, ter as imagens, filmagens do local e poder até incluir informações dentro dos nossos laudos. Hoje se consegue fazer até esboços de locais de crime, aliada com essa tecnologia”, frisou a perita criminal e diretora do Departamento de Criminalística da PCA, Janaína Pereira.
Com ênfase na operacionalização em locais de sinistros ambientais como incêndios, quando o acesso fica inviável para os peritos, e também em certos locais de acidente de trânsito, que contribui para uma melhor visualização da dinâmica da ocorrência.
Além de implicar melhorias na qualidade da prova policial, os drones proporcionam uma economia de recursos, reduz a exposição a riscos e otimiza o tempo dos exames, gerando um levantamento mais célere para o serviço da perícia forense.
“Já usamos os drones em situações de local de crime ambiental e, por serem muitas áreas, além de serem distantes e vastas para fazer a perícia, o aparelho minimiza nosso tempo de análise. Já utilizamos essa tecnologia também em locais de morte violenta e acidente de trânsito”, enfatizou Janaína.
Com uma carga horária de 20 horas, a capacitação teve aulas teóricas e práticas, divididas em duas turmas, com o início na segunda-feira, 25 e término no sábado, 30. O curso foi executado com recursos do Fundo Estadual de Segurança Pública (Funsep), obtidos pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Drones na segurança pública
Em agosto de 2023, o Governo do Amapá garantiu drones e outros equipamentos, além de veículos e obras com recursos do Funsep, Fundo Penitenciário e Ministério da Justiça (MJ), após tratativas diretas da gestão estadual com o executivo federal. Somente a Polícia Científica possui 12 aparelhos que atendem os núcleos da PCA de Macapá, Santana, Laranjal do Jari, Tartarugalzinho e Oiapoque.
Dentro da Segurança Pública na totalidade, os drones tornaram-se uma tecnologia que trouxe um novo meio de prevenção e ação, como instrumento, também, de combate à criminalidade.
Entre as muitas atribuições do uso da aeronave na segurança pública no estado, estão a agilidade na obtenção de imagens aéreas em alta definição.
Estas imagens facilitam o trabalho dos servidores na montagem das melhores estratégias de abordagem preventiva e ostensiva durante as operações civis e militares, por exemplo, pois as equipes conhecerão os percursos e pontos de fuga do local estudado para a atuação policial. Da mesma forma, o equipamento ajuda os policiais penais, dentro e fora do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) na vigilância e trabalhos operacionais.
Outra competência dos drones é o mapeamento de regiões que sofrem com incêndios florestais e outros desastres naturais, além de ajudar bombeiros, quando em combate, a monitorar e explorar o perímetro, ou até mesmo dentro de escombros de incêndios de casas e outras edificações, o que facilitará o plano de entrada com segurança das equipes nesses espaços.
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