Médica alerta que, na região Norte, câncer de colo de útero supera o de mama
Doutora Natália Távora atenta que vacinas e exames podem prevenir a incidência de doenças oncológicas em quase 90%
Douglas Lima
Editor
A ginecologista e especialista em patologia do trato genital inferior, Natália Távora, falou no programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9), onde informou, entre outras coisas, a importância da vacinação e outros métodos preventivos que auxiliam na redução de quadros oncológicos em mulheres.
Natália abriu sua fala dizendo que na região Norte a incidência do câncer de colo de útero supera em número o de mama. Como possível causa do fato, a doutora pontuou a falta de exames preventivos e o alto número de pessoas infectadas com o vírus HPV em estado avançado.
Acerca da alta incidência de doenças no trato genial inferior, Natália disse que partiu daí a vontade de buscar uma pós-graduação na área. “Tenho recebido cada vez mais afetados por essas doenças. É algo comum, mas as pessoas sabem pouco, não se fala disso nas escolas, mulheres recebem o diagnóstico e ficam desesperadas”, disse a especialista.
A doutora ainda informou que o HPV é sexualmente transmissível, e 80% dos adultos são contaminado por algum tipo do vírus. Sobre a lesão causada pelo HPV evoluir para um câncer, a incidência está relacionada à baixa imunidade da pessoa, além do início precoce da vida sexual, e ter muitas gestações.
Para a prevenção da evolução do quadro, Natália reforçou a importância de exames preventivos, de preferência anualmente. “A incidência maior de tumor ou câncer de cólon é em mulheres entre 50 e 60 anos de classes sociais fragilizadas, como as ribeirinhas”, informou a doutora.
“Prevenir um câncer é muito difícil, mas quando ele é causado por um vírus, temos as vacinas, e já foi criada a vacina do HPV. Ela é aprovada para o público de 9 a 45. É uma vacina cara, mas o SUS fornece gratuitamente para aqueles de 9 a 14 anos, e também para pessoas com histórias de abuso sexual ou soropositivos. A vacina reduz a evolução para câncer em quase 90%”, concluiu.
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