Sumidos na floresta do Cajari podem ter dado sinais de vida
Romero, Erildo, Professor Willis e Redinho saíram de casa, segunda-feira, dia 10, e até agora ainda não retornaram; ICMBio detectou presença de fumaça nas matas e moradores do Ariramba trocaram tiros como forma de comunicação com os desaparecidos

Douglas Lima
Editor
Os quatro moradores da vila Aturiá, na Reserva Extrativista do Cajari, no município de Laranjal do Jari, que estão sumidos nas matas da região, desde segunda-feira, 10, quando saíram para caçar, podem ter dado sinais de vida, através de ateamento de fogo e detonação de tiros.
Até agora, foi possível identificar os sumidos como Romero, Erildo, Professor Willis e Redinho. Eles são jovens, filhos de antigos extrativistas do Cajari, conhecem bem a floresta e caçadores já experientes.
O Corpo de Bombeiros sediado em Laranjal do Jari fez buscas na reserva Extrativista, ontem, dia 12, mas não conseguiu localizar os quatro homens. As buscas, nesta quinta-feira, 13, passam a ter reforço do Corpo de Bombeiros de Macapá e do Grupo Tático Aéreo.
Na manhã desta quinta-feira, 13, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou pequeno mapa indicando presença de fumaça saindo da floresta nas proximidades de Ariramba, comunidade bem próxima de uma das margens do rio Cajari.
A leitura feita pelo ICMBio é de que a fumaça seja proveniente de fogo ateado na mata pelos quatro homens desaparecidos. A esposa de um deles, em áudio, informa que moradores do Ariramba, à noite de quarta-feira, ouviram tiros e responderam com rojão de pistola pirotécnica, que também foi respondido.
A mulher disse que os moradores chegaram a se dirigir à direção de onde os tiros foram dados, mas não progrediram no socorro porque tinha um pau atravessado no rio. Hoje pela manhã uma equipe saiu com motosserra para cortar o pau e seguir nas buscas. “Os nossos maridos serão encontrados hoje, em Nome de Jesus”, postou a extrativista do Cajari.
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