Assembleia Legislativa promove eventos em alusão ao Dia Internacional da Mulher
Durante a cerimônia, as deputadas em exercício e ex-deputadas foram homenageadas no plenário Deputado Dalto Martins com a comenda Deosolina Salles Farias, proposta pela presidente da Casa, deputada Alliny Serrão (União Brasil)

Na manhã desta quinta-feira (13), a Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) realizou sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A solenidade, iniciativa das deputadas Alliny Serrão, Aldilene Souza, Dayse Marques, Edna Auzier, Liliane Abreu, Telma Nery e Zeneide Costa, contou com a participação de autoridades e familiares dos parlamentares.
Durante a cerimônia, as deputadas em exercício e ex-deputadas foram homenageadas no plenário Deputado Dalto Martins com a comenda Deosolina Salles Farias, proposta pela presidente da Casa, deputada Alliny Serrão (União Brasil). Criada por meio de resolução legislativa da ex-deputada Marília Góes (PDT), a comenda visa reconhecer mulheres que contribuíram ou ainda contribuem, por meio de suas atividades parlamentares, para o desenvolvimento do Estado.
Atualmente, sete mulheres ocupam cadeiras na Alap, uma a menos do que na legislatura passada (2019-2023). Das 27 assembleias legislativas estaduais do país, apenas duas são presididas por mulheres: Amapá e Maranhão. O número de mulheres eleitas no pleito municipal de 2024 cresceu dois pontos percentuais em relação a 2020, segundo dados da Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados. Elas representam 17,92% dos eleitos este ano, contra 15,83% nas eleições anteriores.
“É um momento para refletir sobre os avanços alcançados pelas mulheres em todo o mundo e reafirmar nosso compromisso com a igualdade de gênero. Ao longo da história, as mulheres enfrentaram desafios e barreiras para conquistar seus direitos e liberdade. No entanto, têm demonstrado uma força e resiliência incríveis, lutando por seus direitos e conquistando espaços em todas as áreas da sociedade”, comentou o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Alexandre Monteiro, acrescentando que no MP-AP existem duas Promotorias de Justiça Especializadas na Defesa da Mulher em Macapá e uma em Santana, além do Centro de Apoio Operacional que monitora dados de violência, atendendo a todas as Promotorias de Justiça do Estado.
Além da presidente da Alap, também compuseram a mesa de honra o presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, desembargador Jayme Ferreira; a ex-deputada constituinte da Assembleia Legislativa, Janete Capiberibe; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá, Alexandre Monteiro; e a subdefensora público-geral, Adegmar Loiola, que representou o defensor público-geral, José Rodrigues, além das deputadas Aldilene Souza, Edna Auzier (1ª secretária) e Liliane Abreu (4ª secretária).
Foram condecoradas as ex-deputadas Aparecida Salomão (representada por Narleia Salomão), Cristina Almeida, Francisca Favacho, Janete Capiberibe, Janete Tavares, Judith Medeiros, Maria Góes, Marília Góes, Meire Serrão, Mira Rocha (representada pelo pai, Rosemiro Rocha), Raimunda Beirão, Roseli Matos, Sandra Ohana, Luciana Guergel e Telma Guergel, além das deputadas Aldilene Souza, Edna Auzier, Dayse Marques, Liliane Abreu, Telma Nery e Zeneide Costa.
Deusolina Salles Farias foi uma mulher à frente de seu tempo. Sua história no Amapá começou em 1945, quando aceitou o convite do governador do território para desenvolver um programa educacional. Professora, participou da fundação e presidiu a Associação dos Professores do Amapá (APA), fez parte da comissão que elaborou o projeto de regulamentação do ensino primário, integrou o grupo de trabalho responsável pela criação da Escola Normal de Macapá — posteriormente transformada no Instituto de Educação do Território do Amapá (IETA) — e fundou uma escola preparatória para candidatos a cargos públicos.
Foi candidata a vereadora de Macapá em 1972 e, em janeiro de 1973, tomou posse como a primeira mulher eleita para a Câmara Municipal da capital. Seu nome está marcado na história como uma das personalidades mais importantes na construção do Estado do Amapá. “Celebrar o Dia Internacional da Mulher é reafirmar nossa luta por equidade, justiça e representatividade. Esta não é apenas uma data de homenagem, mas um momento de reflexão sobre as conquistas alcançadas e os desafios que ainda se impõem para que as mulheres ocupem cada vez mais espaços de decisão e poder”, comentou a ex-deputada Janete Capiberibe, primeira mulher eleita deputada estadual e participante da Constituinte estadual. “Compreendo o peso da responsabilidade de abrir caminhos para gerações futuras. Quando assumi meu mandato, enfrentei desafios, preconceitos e barreiras, mas sempre soube que não estava sozinha. Cada passo que dei foi impulsionado pela coragem e pela força de tantas mulheres que, antes de mim, lutaram para que pudéssemos ter voz e vez. Ser pioneira na política não foi uma escolha fácil, mas foi uma missão que abracei com determinação. E que abraço até hoje”, frisou Janete Capiberibe.
Atualmente ocupando uma cadeira no parlamento estadual, a deputada Zeneide Costa, representante do município de Mazagão, destacou que a celebração sirva como um lembrete do compromisso em continuar promovendo a igualdade, garantindo mais espaços para as mulheres e reconhecendo seu valor na política, na sociedade e em todas as esferas da vida.
Durante a sessão, a presidente da Casa, deputada Alliny Serrão, lançou o aplicativo “+ Mulher Amapá”, voltado para mulheres vítimas de violência física e sexual. O aplicativo tem como objetivo compilar e disponibilizar, em formato digital, todas as legislações estaduais relacionadas aos direitos das mulheres e à proteção contra a violência de gênero. “Este aplicativo representa o compromisso do Parlamento Estadual em adotar soluções inovadoras que contribuam para a erradicação da violência contra a mulher, promovendo justiça, igualdade e dignidade humana. Com o + Mulher Amapá, a Assembleia Legislativa reafirma seu papel como protagonista na promoção da cidadania, oferecendo uma solução tecnológica que beneficia diretamente as mulheres amapaenses e fortalece o compromisso do Estado com políticas públicas inclusivas e acessíveis”, justificou a deputada, acrescentando que as mulheres precisam de mais respeito, valorização e menos preconceito. “Tudo acontece quando uma mulher ocupa espaço no poder”, frisou Alliny Serrão.
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