Política Nacional

Dilma pede que oposição e situação ‘se unam’ diante da crise no país

Ela explicou que abertura de créditos não impactou meta fiscal de 2015


A presidente afastada Dilma Rousseff defendeu a necessidade de união entre situação e oposição em momentos de crise, ao responder a última pergunta de seu interrogatório no julgamento do impeachment. Questionada pela professora Janaina Paschoal sobre por que cortes de gastos não foram feitos em 2014, ano de sua reeleição, a presidente disse que o quadro só se agravou a partir de outubro daquele ano. “Acredito que nós teríamos conseguido superar esse processo se tivesse havido menos politização na tentativa de inviabilizar meu governo, que começa logo depois da minha eleição”, disse Dilma.

“Por que não consigo alteração rápida? Porque há a conjunção de duas forças. A conjunção de uma força que aprovava gastos no momento de aprovar ajustes, porque apostava no quanto pior melhor. Diante da crise, é de bom tom que situação e oposição se unam em prol do país. Depois, voltem a brigar o quanto quiser”, afirmou. A presidente afastada também respondeu a pergunta do ex-ministro Miguel Reale Jr. sobre o fato de ter assinado decreto de ampliação de despesas mesmo após propor uma meta fiscal menor ao Congresso.

Dilma respondeu que o decreto não impactou a meta, mas apenas remanejava os gastos. Explicou que, no início do ano, ela editou decreto de contingenciamento, que limitou os gastos de todo o ano de 2015. “Um decreto de crédito suplementar não amplia gasto, porque você é obrigado a fazer o gasto previsto no contingenciamento. Você estará substituindo a rubrica A pelo gasto B. Eu não somo para além do contingenciamento”, disse.


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