Afinal, o impeachment
Os debates do Senado ao longo de todo processo suscitou nos cidadãos a dúvida quanto à heróica defesa da Presidente afastada que o fazia na defesa de suas convicções, ou simples interesses pessoais, quando a assertiva das fraudes quase que impedia o direito de defendê-las.
Ulisses laurindo – Jornalista
Articulista
Terminou em Brasília o julgamento que a grande maioria dos brasileiros esperava e que tirou o Brasil da ambiguidade que viveu durante longos quatro meses – o impechment de Dilma Rousseff.
A queda do governo anterior era, além de inevitável, necessária para recolocar o país na sua rotina de desenvolvimento interrompido após duas décadas de fantasia e corrupção, nas quais o populismo tomou conta da Nação e só não a destruiu de vez graças, ainda, a homens públicos compromissados por um país melhor, assim como fizeram Miguel Reale Junior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, este, golpeado em seus ideais quando fundou o PT, cujo objetivo visava engrandecer o Brasil na efetiva contribuição dos trabalhadores.
Os debates do Senado ao longo de todo processo suscitou nos cidadãos a dúvida quanto à heróica defesa da Presidente afastada que o fazia na defesa de suas convicções, ou simples interesses pessoais, quando a assertiva das fraudes quase que impedia o direito de defendê-las. No caso do impeachment, afinal aprovado, qual o maior interesse em defender o estado de devassidão no qual o país mergulhou?
Mesmo muito antes de Getúlio Vargas que, contando com força e astúcia tomou o lugar de um governo legítimo. Depois disso, não é ufanismo citar a época de Juscelino Kubitschek, acelerando o país com obras e ideais monumentais, elevando a autoestima do brasileiro, para se julgar cidadão capaz.
No tempo do PT com boa fé os eleitores acreditaram em promessas que viriam para corrigir o que havia de errado, para tornar o Brasil um lugar bom para todos. Tudo, porém, se tornou pó. O objetivo na política do PT, durante o período de governo, era como se nada tivesse que ser repartido entre todos e, sim, dirigido a uma minoria. O resto todos sabem: reino do propinoduto, da inflação, do desemprego, da recessão, até da fome, da desordem social, etc.
Tropeços vieram a seguir, até com o regime de exceção que durou 20 anos. Mas restaurada a democracia, governos sólidos e patriotas deram fôlego ao país para encontrar seu destino. É preciso reconhecer que no período de Fernando Henrique Cardoso todos respiraram liberdade e progresso. Depois do julgamento final de ontem o país passará a colher ventos favoráveis, e os olhos dos eleitores devem ver a lição de que numa Nação os benefícios pertencem a todos.
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