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Após 5 hérnias, André Brasil valoriza treinos com Cielo e vê Rio como marco

Se antes, André era um jovem que queria mudar o mundo, hoje, ele percebe que o mundo se transforma em casa. Pai de Leonardo, de três anos, o carioca se vê mais preocupado com o futuro do que com o presente. Nascido no Méier e criado no Grajaú, bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, ele vive com a família em São Paulo e concilia o trabalho no Brasil e no exterior.


Heptacampeão paralímpico e dono de 21 medalhas em Mundiais, André Brasil se prepara para o bloco mais duro do ciclo: a Paralimpíada do Rio, de 7 e 18 de setembro. Após uma longa preparação, incluindo treinos ao lado de Cesar Cielo nos Estados Unidos, o nadador que precisou provar ser paralímpico é uma das esperanças em busca da meta de levar o Brasil ao top 5 no quadro geral de medalhas nos Jogos. Apesar de considerar o trabalho mais demorado devido à idade e do cuidado maior por conta de cinco hérnias de disco, o nadador de 32 anos vê a experiência como diferencial e se compara ao vinho: quanto mais envelhecido, melhor.

Se antes, André era um jovem que queria mudar o mundo, hoje, ele percebe que o mundo se transforma em casa. Pai de Leonardo, de três anos, o carioca se vê mais preocupado com o futuro do que com o presente. Nascido no Méier e criado no Grajaú, bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, ele vive com a família em São Paulo e concilia o trabalho no Brasil e no exterior.

Atual campeão paralimpico nos 50m, 100m livre e 100m borboleta pela classe S10, o carioca disputará outras cinco provas no Estádio Aquático da Rio 2016. E terá o filho pela primeira vez nas arquibancadas como amuleto em busca de mais medalhas no país que leva o seu nome. Nas duas últimas edições dos Jogos, o nadador venceu 10, sendo sete de ouro.

– Estou agora no bloco mais difícil. É diferente de quando eu comecei, há oito, dez anos… Me vejo como um bom vinho, um pouco mais apurado, mais consciente das coisas que precisam ser feitas, e muito mais preocupado com o futuro do que com o agora. Eu sei que a gente tem muita coisa a fazer. Longe de mim querer encerrar a minha carreira, mas esta será a minha última com resultados. Quero participar em 2020 (em Tóquio, no Japão). Quero que o meu filho entenda o que o papai fez. Mas eu acho que o André de hoje é muito mais preocupado com o futuro. Quando eu era jovem, eu queria mudar o mundo. Hoje, eu sei que o mundo começa a ser mudado dentro de casa. E esse é o André – afirmou o nadador, vencedor de nove medalhas de ouro e três de prata no Mundial de Glasgow e no Parapan de Toronto, ambos em 2015.


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