Cidades

Bandidos invadem escola e ferem professor

Alunos, professores, serventes e vigilante do educandário Cecília Pinto passam momentos de pânico à mercê de cinco marginais


Um professor de prenome Alex teve uma das orelhas cortadas e o pescoço ferido à faca, à noite dessa quinta-feira, 8, no interior da Escola Cecília Pinto, no bairro Buritizal, durante a incursão de cinco bandidos no educandário, provocando pânico em todos os que se encontravam no local.
dsc_2524“Eles surgiram do nada”, disse uma aluna que tão logo viu os estranhos no estabelecimento pegou o seu material escolar e fugiu correndo. O único vigilante que trabalha na Cecília Pinto, nada pode fazer, pois trabalha sem arma. O educandário tem sistema de câmera que até às 8h da manhã desta sexta-feira, 9, ainda não tinha sido verificado pelas secretarias estaduais de segurança e educação.
A direção da escola foi procurada pela imprensa, mas não quis atendê-la, mandando dizer que fossem procurados o secretário de segurança, Gastão Calandrini, e a secretária de educação, Goreth Sousa, para falarem sobre ao assunto.
Também no mesmo horário, o professor Alex ainda se encontrava no Hospital de Emergência de Macapá, para onde fora levado à noite, após o ataque do quinteto de marginais da Escola Cecília Pinto.
Consta que os marginais nada levaram do estabelecimento escolar que pela terceira vez, em menos de um mês, sofreu incursões de foras da lei. Na manhã desta sexta-feira, professores, alunos e pais de alunos da Cecília Pinto entoaram o Pai Nosso, pedindo paz naquela comunidade de educação.
Aroldo Rabelo, o presidente do Sinsepeap, entidade que congrega os professores, conclamou a classe a ir para os desfiles escolares que ocorrerão sábado, 10, e dia 13, terça-feira, não para participar dos eventos, mas para protestarem contra a insegurança nas escolas.
dsc_2527O professor sindicalista informou que em duas assembleias gerais o Sinsepeap deliberou por uma paralisação geral das escolas até o governo definir sobre a questão da segurança no setor educacional.
Ao mesmo tempo em que repercutia o ataque de marginais na Escola Cecília Pinto, no Buritizal, era dada a informação de que no feriado de 7 de Setembro ladrões levaram vários equipamentos da Escola Zolito Nunes, no Beirol.
Também clamando por segurança, entre outros pontos, pais, alunos e professores da Escola Tiradentes passaram a manhã em protesto em frente ao educandário situado na esquina da avenida FAB com rua Santos Dumont, bairro de Santa Rita.
A incursão de bandidos nas escolas, com ocorrência de roubos e depredações, vem há cerca de dois meses, quando encerrou a validade dos contratos de empresas de segurança com o governo do estado. Invocando necessidade de economizar, em razão da crise, a administração pública resolveu não renovar a parceria, falando numa economia de R$ 60 milhões.
Paralelamente à decisão de dispensar as empresas de segurança, o governo anunciou a providência de dotar as escolas de vigilância eletrônica, e reforçou o contingente policial militar para circular nos arredores dos educandários, inclusive criando a Polícia Escolar. Nada disso tem levado segurança à comunidade escolar da capital.

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