Política

MPE recomenda que governo e prefeitura se abstenham de participar da campanha

Apesar das duas recomendações emitidas, a promotora revela que quase todas as denúncias de abuso de poder político são contra o governo estadual. Andréa criticou o fato de o governador Waldez Góes anunciar publicamente apoio à candidatura de Gilvam Borges.


PAULO SILVA
DA EDITORIA DE POLÍTICA

Com data de sexta-feira, 9 de setembro, a promotora de Justiça Eleitoral Andréa Guedes Medeiros, do Ministério Público Eleitoral (MPE), emitiu recomendações ao governo do estado e à prefeitura de Macapá para que se abstenham de participar da campanha eleitoral em andamento. As recomendações se destinam ao governador Waldez Góes (PDT), que está apoiando o candidato Gilvam Borges (PMDB), e ao prefeito Clécio Luís (Rede), candidato à reeleição.

Apesar das duas recomendações emitidas, a promotora revela que quase todas as denúncias de abuso de poder político são contra o governo estadual. Andréa criticou o fato de o governador Waldez Góes anunciar publicamente apoio à candidatura de Gilvam Borges.

De acordo com a promotora, de 100 denúncias que ela recebe, mais de 90 são contra o governo. Empregados de contratos administrativos e ocupantes de cargos comissionados denunciam que estão sendo obrigados a participar de reuniões politicas e de caminhadas, além de assinar lista de presença.

Também vem sendo denunciada a participação efetiva de oficiais da Polícia Militar e de agentes de segurança na campanha eleitoral do “candidato do governo”. Segundo ela, até coronéis estariam participando das reuniões políticas.

Andréa Guedes citou que passou por uma bandeirada onde chegou a ver o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) com bandeira na mão. “Fiquei estarrecida, fomos obrigados a dispersar o pessoal. Até as bandeiras tinham metragem proibida”.

Ao governo estadual e à prefeitura da capital, ela recomendou que policiais militares, bombeiros e guardas municipais não participem de reuniões políticas. E que chefes de repartições públicas não manifestem apreço ou desapreço por certas candidaturas. E alertou: “em caso de desobediência serão tomadas medidas administrativas e judiciais”.


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