O Brasil e as alternâncias
A primeira reação já está posta com as denúncias contra o ex presidente Lula de que era ele o chefe do bando que assaltou o país. Embora ainda contidos, revelados apenas por alguns cabeças do partido de que a saída é convocar as militâncias para defender os hoje implicados nos roubos aos cofres da União.
Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista
Todo brasileiro mentalmente são acompanha com tristeza o desdobramento da crise política do país, depois da decisão do Senado ratificado pelo STF de permitir à Dilma Rousseff o direito de ficar acesa, elegível, como se nada tivesse manchado sua vida como Presidente. Durante os nove meses do processo de impeachment todo PT defendeu a tese de que a saída da Presidente era um golpe comandado pelas elites, supostamente contrárias à classe pobre, missão que os parlamentares afirmavam ter concorrido para acabar a fome dos menos favorecidos.
A primeira reação já está posta com as denúncias contra o ex presidente Lula de que era ele o chefe do bando que assaltou o país. Embora ainda contidos, revelados apenas por alguns cabeças do partido de que a saída é convocar as militâncias para defender os hoje implicados nos roubos aos cofres da União.
Uma pessoa mentalmente sadia não pode nem ao menos pensar que um sistema que foi desenvolvido por um gestor que depredou o patrimônio público possa ainda ter a pretensão de se eleger em futuras eleições, ideia que ofende o equilíbrio e o bom senso.
A temática na ponta da língua dos defensores do regime fracassado é atacar os Estados Unidos e seu sistema imperialista, sem, não obstante, medir o paralelo quanto aos regimes políticos, um de respeito às regras constitucionais e, outro, viciado onde tudo é possível até mesmo rasgar a Carta Magna para acolher e amparar corruptos.
A bravata do ex presidente Lula em se considerar o homem mais honesto do país encontra apoio na pusilanimidade dos responsáveis pela condução correta das leis, como aconteceu na concessão à Dilma Rousseff. Os Estados Unidos, tidos como exemplo a não ser seguido tem uma Constituição de 1789 e cinco artigos e só foi alterada 27 vezes, diferente do documento brasileiro com mais de duzentos artigos e entre sete a oito publicações, desde 1824.
Essa Constituição americana quase imexível não permite que um ex Presidente ocupe cargo em quaisquer dos três poderes. Aqui, a defesa de Lula diz que as invencionices é para obstacular sua candidatura em 2018, possibilidade que cresce no momento em que um episódio vacila em perdoar um agente faltoso, porque carece de autoridade e condição para esse tipo de aberração, como se um país fosse dos mais ambiciosos e sim, de todos. Imaginem os leitores que se o juiz Sérgio Moro decretar a prisão de Lula, a balbúrdia que vai se instalar no país em defesa de quem misturou bens públicos com privados e, mesmo assim, diz-se vítima de perseguição das elites, essas mesmas que contribuem para o progresso do país, pela força do trabalho.
Deixe seu comentário
Publicidade