Os bancos cortaram 5.004 postos de trabalho em 2014 em todo o país, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (26) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Entre os 14 estados que registraram queda na criação de vagas, a maior baixa foi em São Paulo, com 1.847 cortes. Outros 11 estados mais o Distrito Federal tiveram saldo positivo, com o Pará liderando com a criação de 290 postos de trabalho. Goiás fechou o ano sem novos postos nem cortes.
A pesquisa foi feita em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O saldo negativo foi resultado, de acordo com o levantamento, de 32.952 admissões contra 37.956 desligamentos. “É injustificável essa eliminação de postos de trabalho num dos setores mais lucrativos da economia, ostentando os maiores índices de rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Diferença nos salários
O estudo diz também que houve também redução da média salarial. Os trabalhadores admitidos nos bancos brasileiros em 2014 receberam remuneração média equivalente a 63,2% dos empregados desligados no mesmo período.
Também foram divulgados dados sobre a diferença salarial entre homens e mulheres no setor. De acordo com a pesquisa, a renda mensal média das mulheres é de R$ 2.921, valor que corresponde a 76,8% da média masculina, de R$ 3.805.
Entre os trabalhadores desligados, também havia diferença entre os salários de homens e mulheres. Enquanto a média mensal das trabalhadoras era de R$ 4.522 em rendimentos, a dos homens era de R$ 6.107, uma diferença de 74,1%.
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