Jemerson: “Espero que um dia possa vestir a camisa do Galo e ouvir a torcida”
Ele falou sobre suas escolhas, a guinada em sua vida, as diferenças entre o futebol brasileiro e europeu
Jemerson de Jesus Nascimento: baiano de nascimento e mineiro de coração. Sua relação com Minas Gerais está presente não somente pela simpatia em que lida com as pessoas, seu estilo pacato e a timidez latente. O zagueiro da pequena Jeremoabo conseguiu superar barreiras e conquistar a confiança dos torcedores do Atlético Mineiro. Desde o momento em que surgiu das categorias de base, teve uma rápida ascensão e conseguiu se tornar titular no time alvinegro. O desafio era enorme: disputar espaço com Réver e Leonardo Silva, uma dupla de zaga de que é considerada por muitos a melhor da história do clube.
Com disciplina, vigor físico e excelentes dotes para a posição, Jemerson comeu pelas beiradas e agarrou as poucas oportunidades que teve como titular. Não demorou muito para cair nas graças do torcedor. Em sua ainda curta carreira, conquistou seis títulos pelo Galo, incluindo a Copa Libertadores e Copa do Brasil. Em 2015, foi eleito melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro e jamais desfalcou o time por lesão. Em novembro de 2015, conseguiu chamar atenção do técnico Dunga e alcançou sua primeira convocação para a Seleção Brasileira. Foi naquele momento que as luzes do mercado europeu se acenderam.
A partir da convocação, até o momento da compra pelo Monaco por 11 milhões de euros, foram pouco mais de três meses. O defensor, que era tido como xodó da torcida do Atlético, deixava sua vida simples no Brasil para morar em um dos lugares mais ricos do planeta. Já são nove meses por lá e não restam dúvidas de que ele deixou saudades em Minas. A prova disso são suas redes sociais. O exercício é simples: basta acessar qualquer uma de seus perfis para rapidamente se deparar com mensagens de atleticanos em adoração ao jogador que alcunham carinhosamente de “Blackenbauer”, em alusão ao lendário defensor alemão Franz Beckenbauer.
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