Sheik tenta recuperar espaço e prestígio no Flamengo: “Quero contribuir”
Apesar do gol contra o Palestino, ele continua no fim da fila
No fim de agosto, Emerson Sheik ficou perto da porta de saída do Flamengo. Praticamente encostado no clube, interessava ao Internacional. O negócio com o Colorado não avançou, o prazo de transferência acabou, e o atacante ficou. Sheik completou 38 anos no início do mês. O contrato com o Rubro-Negro vai até 31 de dezembro. O prestígio com a torcida não é o mesmo. Mas foi dele o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Palestino, do Chile, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
Na volta ao Brasil nesta quinta-feira, o jogador foi parado no aeroporto por alguns torcedores para atender aos pedidos de fotos, algo que não acontecia há algum tempo. Emerson iniciou a temporada cheio de moral. Após um 2015 em que reconquistou a torcida depois de passagens por Corinthians, Fluminense e Botafogo com alguns gols e raça, tornou-se homem de confiança de Muricy Ramalho e manteve o status de titular absoluto. O nível, porém, caiu vertiginosamente, e o carinho dos rubro-negros diminuiu na mesma proporção.
Virou reserva oficialmente em 2 de abril, no empate por 2 a 2 com o Botafogo. A partir de então, incluindo o duelo com o Alvinegro, o Flamengo disputou 36 partidas, mas Sheik só participou de nove, sete delas na condição de reserva. Lesões, problema de saúde da mãe e a queda técnica influenciaram. Seu nome passou a ser vinculado a uma esperada transferência, e Japão e Oriente Médio, onde brilhou, apareceram como possíveis destinos. A janela fechou, e ele não saiu. Além do Inter, o Atlético-PR mostrou interesse. Ele decidiu ficar.
– Em nenhum momento eu pensei em sair. Não da minha parte, nenhuma vez. Houve o interesse, sim, e ainda bem, né? Que bom que teve. Fiquei feliz por isso, mas minha casa é aqui, aqui me sinto bem, estou feliz. E agora muito mais, porque saio de uma vitória, fazendo gol. Ou seja, aqui estou e daqui ninguém me tira.
Hoje, realmente, não há como tirá-lo. Sheik cumprirá o contrato até o fim de dezembro. No Rio, perto da família e recebendo R$ 280 mil mensais, está numa situação confortável.
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