Padilha reúne técnicos para ajustar texto da reforma da Previdência Social
Dirigente de central sindical pressionou o palácio a adiar envio da proposta
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se reuniu na tarde com o colega do Planejamento, Dyogo Oliveira, e técnicos da área econômica do governo para ajustar o texto que será enviado ao Congresso Nacional sugerindo uma reforma nas regras da Previdência Social. O presidente Michel Temer pretende encaminhar a proposta ao Legislativo até esta sexta-feira (30).
A proposta gestada pelo governo Michel Temer vai propor, entre outros pontos, o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres.
Padilha é o coordenador do grupo interministerial que discute a reforma previdenciária com representantes das centrais sindicais e do empresariado.
Na semana passada, em seu último dia de viagem aos Estados Unidos, Temer disse que, na avaliação dele, a reforma da Previdência Social só será apreciada pelo Congresso no ano que vem. Na ocasião, o peemedebista admitiu que, por se tratar de um tema polêmico, a proposta exigirá “uma discussão mais ampla”.
Um dos principais focos de resistência à reforma previdenciária vem das centrais sindicais. Até mesmo entidades alinhadas ao governo do peemedebista têm criticado as sugestões elaboradas pelo Executivo para equilibrar as contas da Previdência. Na proposta orçamentária de 2017, o Executivo informou que a Previdência Social deverá fechar o próximo ano com déficit de R$ 180 bilhões.
Nesta segunda, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, foi ao Palácio do Planalto para conversar sobre o assunto com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, responsável pela articulação política do governo com o Legislativo.
Ao final da audiência, o dirigente sindical relatou a jornalistas que pediu a Geddel para o governo adiar o envio da reforma ao parlamento. “Não dá para colocar um projeto com essa responsabilidade sem ter diálogo com os representantes dos trabalhadores no Brasil. Não pode!”, enfatizou Patah.
O presidente da UGT disse ainda ter pedido a Geddel que o governo apresente uma posição “clara” sobre as propostas para a Previdência Social.
Na avaliação da central sindical, o Executivo tem “muitos representantes” envolvidos na negociação da reforma, mas, na opinião dele, não há uma “interlocução única que coloque com clareza quais são os pontos defendidos pelo governo.
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