Não há intenção de manter câmbio ‘artificialmente valorizado’,
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou que não há a intenção de manter o câmbio “artificialmente valorizado”
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou que não há a intenção de manter o câmbio “artificialmente valorizado”, sugerindo que o governo não deverá fazer grandes ações no mercado para segurar o dólar. Mais tarde, a assessoria de imprensa do ministro procurou a imprensa para afirmar que o ministro estava falando sobre o câmbio no mundo, destacou a Reuters.
Em encontro com empresários em São Paulo, o ministro destacou a necessidade de manter uma situação fiscal tranquila para a reorganização da economia brasileira.
“O governo vai fazer a sua parte e criar um quadro com menos riscos. Um quadro em que as pessoas possam sentir uma tranquilidade fiscal que permita o próprio funcionamento do setor financeiro, com mais previsibilidade”, afirmou.
O Banco Central vem atuando diariamente no câmbio desde agosto de 2013 para limitar a volatilidade e oferecer proteção cambial. A autoridade monetária reduziu o ímpeto das intervenções duas vezes, a mais recente no fim do ano passado. Sob o atual formato, o programa durará pelo menos até 31 de março.
Por volta das 12h20, o dólar avançava 2,88% ante o real, cotado a R$ 2,6863 na venda, perto da máxima da sessão.
Para ajudar a indústria, o ministro Joaquim Levy falou que vai focar na infraestrutura na área de portos. O ministro afirmou ainda que a indústria não deve contar com medidas do governo no câmbio para ganhar competitividade. Ele disse que o mundo enfrenta um momento de transição na economia e que muitas medidas adotadas após a crise de 2008 estão sendo desfeitas.
Segundo o ministro, no auge da crise, o Brasil conseguiu acumular reservas e fazer uma política anticíclica, mas isso porque, naquele momento, o país tinha estabilizadores, que, agora, se esgotaram. Por isso, segundo ele, é preciso reorganizar a economia.
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