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Perdido: em súmula, juiz de Fla-Flu também se atrapalha com o relógio

O árbitro Sandro Meira Ricci não explicou na súmula a confusão que protagonizou ao anular o que seria o segundo gol do Fluminense, na derrota por 2 a 1 para o Flamengo.


Na verdade, o relato mostra o quanto sua atuação foi confusa, com diversos erros em relação ao tempo em que aconteceram os fatos.

Segundo a súmula de Ricci, a segunda etapa do clássico teve 52 minutos, sendo os 45 regulamentares e mais sete de acréscimo, com início às 22h01 e fim às 22h53. O cronômetro corrido, contudo, aponta que o apito final aconteceu após 59 minutos e 42 segundo de partida, depois de 23h.

O próprio árbitro se contradiz nos horários que relata como de início e fim de jogo ao escrever em outro campo da súmula que o “jogo foi paralisado por dez minutos, aos 40 do segundo tempo, pelos atletas de ambas as equipes terem protestado contra a decisão da arbitragem em um lance de impedimento”.

A cronometragem do lance, inclusive, também está errada: o gol de Henrique sai exatamente aos 39 minutos e 23 segundos da etapa complementar, e o jogo só retorna após os 52 minutos, totalizando exatos 12min49s de paralisação até o reinício do duelo.

Outro erro de Ricci está no tempo acrescido para compensar o período em que a bola não rolou. Segundo a súmula, houve “acréscimo de sete minutos no segundo tempo”, sendo que apenas cinco teriam sido pela paralização de 12 minutos e mais dois “em razão de substituições e retirada de atletas em maca”.

Toda a confusão aconteceu quando Henrique, em posição irregular, concluiu cruzamento de Gustavo Scarpa para o gol. O bandeirinha Emerson Augusto de Carvalho assinalou a irregularidade, mas Ricci, após conversar brevemente com o auxiliar, acabou validando o que seria o empate tricolor.

A mudança gerou revolta nos jogadores do Flamengo, que cercaram Ricci e o bandeira. Até a Polícia Militar chegou a entrar no gramado, enquanto o árbitro e os auxiliares discutiam o que fazer. Depois de quase 13 minutos, o juiz voltou atrás novamente e invalidou a jogada.

Ricci, de 41 anos, integra o quadro de árbitros da Fifa desde 2011 e foi o representante brasileiro na Copa do Mundo de 2014. Ele foi, inclusive, o primeiro da história a validar um gol com o auxílio da tecnologia em um Mundial, no jogo entre França e Honduras.

ESPN

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