‘Celeridade’ da Lava Jato é ‘exemplo a ser seguido’, diz Cármen Lúcia
Para ministra, legitimidade da operação vem do resultado das investigações.
A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura), que a “celeridade” da Operação Lava Jato é um “exemplo a ser seguido”. A ministra, contudo, ponderou que a “legitimidade” da operação está relacionada ao que foi descoberto nas investigações.
Cármen Lúcia deu a declaração após ser questionada sobre se considera a Lava Jato “célere e dá o exemplo para a Justiça brasileira” ou é “espetaculosa e atropela processos”.
No início deste mês, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, relator da operação na Corte, ao proferir uma decisão, criticou o que chamou de “espetáculo midiático” ao se referir ao episódio em que procuradores da República acusaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma apresentação em slides, de ser o “comandante máximo da propinocracia brasileira”, em referência aos fatos investigados.
“São coisas diferentes [celeridade e ser espetaculosa]. A celeridade é um ótimo exemplo e que deve ser seguido. E não é só nessa operação. Esta operação grande, chamada Lava Jato, tem algo de simbólico que é, primeiro, pela gravidade do que se vem apurando. Segundo, porque, com um juiz e um grupo de procuradores e da Polícia Federal para ajudar nas investigações, houve uma formatação que fizesse com que [as decisões] pudessem ter celeridade, o que é positivo”, disse Cármen Lúcia.
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