A guerra não tão santa assim
Clélio Luís e Gilvam Borges mais vez estiveram debatendo e destilando suas ideias nos microfones das Rádio Diário 90,9, planos de governo com intuito de convencer que com a palavra espera dar ao povo a tranquilidade e qualidade de vida ideais. E, como sempre foi assim, o melhor é acreditar, mesmo desconfiando.
Ulisses laurindo -jornalista
Articulista
O mundo conhece muitos tipos de guerra, desde a tecnológica, a bélica, a burocrática, a santa, a branca e tantas outras, além da política. Nessa última é que queremos nos ater para definir o momento em que vive o Brasil nos seus 5.560 municípios e, para nós, em especial, Macapá. Aqui os candidatos vencedores do primeiro turno seguem se debatendo numa guerra às vezes agressiva, por outras, amena, cuidando, cada lado, de ostentar seu maior brilho para convencer os eleitores, esses, sim, o parâmetro final.
Clélio Luís e Gilvam Borges mais vez estiveram debatendo e destilando suas ideias nos microfones das Rádio Diário 90,9, planos de governo com intuito de convencer que com a palavra espera dar ao povo a tranquilidade e qualidade de vida ideais. E, como sempre foi assim, o melhor é acreditar, mesmo desconfiando.
Célio Luís, prefeito nos últimos quatro anos, como mostrou também em oportunidades anteriores, confessa que fez um governo de sucesso, ajeitando o município o máximo que pode e, para tanto, fez um esforço danado, porque não tinha os recursos adequados. Mesmo assim, disse nos microfones da Rádio 90,9, que fez muito mais do que qualquer outro prefeito, sempre com a intenção de chegar o mais perto possível das promessas de campanha, quase todas, se não cumpridas, mas praticamente iniciadas. No segundo mandato todos verão, prometeu, do que ele será capaz, bastando para isso merecer a confiança dos mesmos eleitores que o elegeram há quatro anos.
Na outra ponta da linha, Gilvam Borges, com a língua afiada, nega conhecer os feitos propalados pelo adversário, ironizando que muito ainda precisa ser feito e que ele, Gilvam, será o nome certo no lugar certo. A temática de Gilvan durante todo ataque a Clécio é que o mandato do atual prefeito se perdeu por incompetência, considerando que, em troca, vai aproveitar a verba desperdiçada pela prefeitura nesses anos devolvida por falta de planos junto aos poderes em Brasília. Com ele, isso não vai ocorrer, pois as melhorias necessárias à cidade de Macapá serão ultimadas, por um lado, pela figura de um prefeito capaz e preparado e, por outro, pelas verbas que choverão de Brasília, por sua afinidade com a classe política, pois sem a ajuda dela a cidade se mostra como uma imagem envelhecida.
Um candidato diz que lhe faltou verba para implantar um cenário ideal, enquanto outro fala que terá recursos para realizar todas as obras importantes na cidade. Aqui não cabe evocar a letra da música “sem dinheiro ou com dinheiro, eu brinco”.
Você, eleitor, que ficou no meio do fogo cruzado, tem a palavra final. Pouco se pode dizer se houve falta de tempo para analisar o perfil de cada um, mas isso é evasiva para jogar seu voto fora e não valorizar o candidato que mais lhe pareceu correto. Se antes houve dúvida quanto ao seu voto com o arrependimento tardio, é a hora de mudar a sua visão, porque o maior prejudicado é você e todos que seguiram a filosofia de deixar de considerar o voto como arma de salvação. Clécio e Gilvam desfilaram, para todos nós, suas verdades e seus projetos, pensando, acredita-se, no melhor. Cabe a você, eleitor, fazer a melhor escolha para, com a ajuda de todos, Macapá vir a ser a cidade dos sonhos de todos nós.
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