Cidades

Governo não recua sobre MP e defende correção de distorções

Economia



 

O governo voltou a defender as medidas que tornam mais rigoroso o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença e não cedeu ao pedido das centrais sindicais que defendiam a revogação da medida provisória (MP) publicada no final do ano passado.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, (foto), disse que o governo manterá o diálogo e negociação com as centrais sindicais, mas não deu qualquer sinalização de que o governo irá retirar ou flexibilizar algumas das novas regras propostas.

“Vamos dialogar sim sobre todas as medidas”, disse o ministro. “Recebemos as opiniões das centrais, vamos avaliar. Temos nova reunião marcada para a semana que vem, e é neste processo que vamos qualificar estas opiniões.

O ministro ficou irritado ao ser questionado sobre a possibilidade do governo “retroceder” em suas medidas caso também encontre resistência no Congresso Nacional. “Estamos muito seguros da qualidade das nossas medidas e que as nossas medidas fazem parte da nossa estratégia de desenvolvimento, que busca sustentar crescimento econômico, geração de emprego, preservação de renda dos trabalhadores. Não há nenhuma retirada de direitos dos trabalhadores”, afirmou. “O que estamos fazendo é corrigindo distorções e atualizando normas a partir de grandes e positivas mudanças no mercado de trabalho brasileiro”, acrescentou.

Diante do impasse, as centrais afirmam que irão agora buscar uma negociação diretamente com representantes do Congresso Nacional com o objetivo de impedir alterações que são vistas pelas centrais como perda de direitos trabalhistas. “Se o governo quer fazer ajuste fiscal, que faça no lado da economia que mais ganha. Não aceitamos que isso seja feito nos direitos trabalhistas”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT.


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