Novo líder do governo se reúne com Cunha e promete reconstruir
Indicado para substituir Henrique Fontana (PT-RS) na liderança do governo na Câmara
Indicado para substituir Henrique Fontana (PT-RS) na liderança do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que vai trabalhar para reconstruir “pontes” e recompor a base de sustentação do governo.
Fontana deixou o cargo de interlocutor do Executivo junto aos deputados devido a divergências com Cunha. Durante a campanha para presidente da Câmara, o peemedebista acusou o então líder do governo de “interferir” na campanha e chegou a classificar o deputado gaúcho de “líder fraco”, “desagregador” e “radical”. Diante da falta de diálogo com Cunha, Fontana entregou o cargo nesta terça e foi substituído por Guimarães.
“Já visitei o presidente da Câmara hoje. Faremos todo o esforço para recompor as pontes e recompor a base aliada, sem desmerecer e desconsiderar os problemas. Para mim, a eleição na Câmara é página virada. Na minha breve conversa com Cunha, senti nele muita disposição para o diálogo”, afirmou o novo líder.
Guimarães assume o posto em meio a um racha na base aliada provocado pelo desgaste na eleição para presidente da Casa. A maioria dos partidos governistas apoiou Cunha na disputa em vez de se aliar ao candidato do governo na disputa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Eleito em primeiro turno, o deputado do PMDB afirmou que a Câmara reagiu “no voto” a uma “interferência indevida” do governo na eleição.
Guimarães relatou que está procurando os parlamentares da base aliada para conversas, num esforço para aumentar a sintonia entre o governo e as legendas aliadas.
“Já iniciamos diálogo hoje, com a participação do ministro Pepe Vargas [das Relações Institucionais], conversas bilaterais com os partidos. Tem duas coisas pelas quais vou lutar muito aqui: respeito e diálogo”, disse.
No início da noite, após a reunião de líderes, Eduardo Cunha foi questionado sobre a escolha de Guimarães e afirmou apenas que se tratava de “uma decisão do governo”. Indagado se o perfil do novo líder melhoraria o diálogo com o Planalto, Cunha limitou-se a dizer que haverá um “diálogo institucional”.
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