Veja os desafios do sucessor de Graça Foster
Inclui resgate da credibilidade, autonomia e baixas por corrupção
O sucessor de Graça Foster na Presidência da Petrobras irá encontrar uma empresa desacreditada, altamente endividada, com dificuldades de caixa para financiar os seus novos projetos e no centro do “maior caso de corrupção da história do Brasil”, conforme definiu o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira.
Entre os principais desafios do novo presidente – ou nova presidente – estão formar um novo time de executivos de primeiro escalão; implementar um novo modelo de gestão com mais autonomia e transparência; revisar o plano de investimentos e desinvestimentos (venda de ativos) da empresa; e dimensionar o rombo provocado pela corrupção bem como eventuais perdas que a companhia pode sofrer no futuro em decorrência das investigações da operação Lava jato e das ações movidas por acionistas nos Estados Unidos que acusam empresa de ter divulgado informações enganosas e de ter superfaturado o valor de suas propriedades.
A Petrobras informou que, com a renúncia de Graça Foster e mais 5 diretores, os novos ocupantes dos cargos serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será realizada na sexta-feira (6).
Além do desafio de encontrar em 3 dias não só o sucessor de Graça Foster como também outros 5 executivos, há dúvidas se o novo presidente participará do processo de seleção da nova diretoria. “Seria um erro o acionista majoritário fazer uma escolha em bloco. Qualquer executivo top, preparado, vai querer contar com uma equipe que ele confie e participar deste processo neste momento virada da empresa”, afirma André Pimentel, sócio e CEO da consultoria de gestão Performa Partners.
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