PSDB forte para voltar
Empossado em 1 de janeiro de 1995, FHC articulou, para mais tarde, o Plano Real recebido como incapaz de reduzir a inflação que oscilava sempre na média de até 80% ao mês, projetando-a para 4,5% ao ano
Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista
Quando acabou o seu governo, em 31 de dezembro de 2002, Fernando Henrique Cardoso (assumira a 1 de janeiro de 1995) deixou a Presidência para Luís Inácio Lula da Silva com inflação de um digito e com a nova Lei de Responsabilidade Fiscal, maneira correta de controlar os gastos dos municípios, dos estados e da própria União. Olhado de mau humor pela oposição liderada pelo Partido dos Trabalhadores, FHC começou sua trajetória como ministro da fazenda com inúmeras medidas para organizar as finanças do país, promovendo o programa de privatizações nas áreas da telefonia e da comercialização dos mineiros.
Empossado em 1 de janeiro de 1995, FHC articulou, para mais tarde, o Plano Real recebido como incapaz de reduzir a inflação que oscilava sempre na média de até 80% ao mês, projetando-a para 4,5% ao ano, restabelecendo o nível da vida econômica do Brasil. Para prosseguimento de sua política saneadora, FHC conseguiu no Congresso, com grande maioria, aprovar sua reeleição com o cumprimento de mais quatro anos, período em que consolidou o Plano Real com diretrizes firmes para as finanças do país. O período serviu para a estabilidade econômica e democratização, com o encaminhamento e aprovação de reformas constitucionais, como nas áreas de petróleo e restrição ao livre acesso ao capital estrangeiro, reprimido pela opoisção. O PT, inconformado e dizendo que tudo estava errado, fazia feroz oposição ao governo, utilizando-se do Movimento dos Sem Terra, mostrando em tom de guerra que tudo que FHC fazia era entregar as riquezas nacionais.
Em 1 de janeiro de 2002, o Brasil passou para comando de PT e seu líder Lula com a ideia fixa de acabar com a fome, proteger os pobres. A primeira medida para atender à megalomania dos seus seguidores foi não tocar na política econômica, visto por ele, agora, como correta, mas não para o bem da Nação, mas em proveito do pensamento de se manter no governo por tempo indefinido e, para isso, maculou programas como Bolsa Escola, criando o Bolsa Família, englobando num só pacote Auxílio Gás e o Bolsa Alimentação, programa útil para atender às famílias carentes, mas com intenção desvirtuada de transformá-los em votos. O resto todo o Brasil já sabe o que foi o governo de Inácio da Silva para atrasar o país, hoje em situação nunca vista, de desemprego, inflação e recessão, além da terrível violência, com 60 mil homicídios em um ano.
Expurgado do governo, o PT foi marginalizado nas eleições municipais, deste ano, elegendo apenas um prefeito no universo de 92 cidades com população de mais de duzentos mil habitantes e, isso aconteceu em Rio Branco, Acre, com Marcus Alexandre.
O avanço do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) vai demorar 18 anos para novamente dar as cartas na política brasileira, sem a mácula de ser da direita, mas trabalhando para um Brasil justo e igual. Nas eleições de outubro, a sigla social democrática elegeu 803 prefeitos, o que corresponde que e a cada quatro brasileiros um será eleitor do PSBD, com total de 34,4 milhões de eleitores. Com a potente força de 2016, o partido de FHC pode dar suas cartas em 2018, retomando sua sina de tirar o Brasil do atoleiro deixado pelo PT.
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