Centrais pressionam Congresso a derrubar MPs que reduzem benef
Cerca de 50 representantes de centrais sindicais se reuniram com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Cerca de 50 representantes de centrais sindicais se reuniram com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em um esforço para pressionar o Congresso Nacional a derrubar as duas medidas provisórias que limitaram o acesso a uma série de benefícios previdenciários, entre os quais o seguro-desemprego.
Editadas em dezembro pela presidente Dilma Rousseff como a primeira medida de “ajuste” da economia, as duas MPs já receberam mais de 600 emendas que pretendem modificar o texto, várias delas de parlamentares do próprio PT. Nas reuniões com Cunha e Renan, os sindicalistas argumentaram que as modificações prejudicam os trabalhadores e pediram que fossem derrubadas ou alteradas significativamente.
“Essas medidas provisórias nos trouxeram grande preocupação. Elas tiram direitos dos trabalhadores. Existem outras maneiras de corrigir abusos e ajustar a economia”, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Na reunião, Cunha se dispôs abrir “mesas de negociação”, na tentativa de buscar um acordo entre governo e sindicalistas. No entanto, ele destacou que, antes de ir ao plenário da Câmara, as MPs serão apreciadas por uma comissão mista formada por deputados e senadores. A comissão ainda não foi criada. “É na comissão que será feito o relatório. Nosso espaço aqui é menor. O que podemos fazer é abrir mesa [de negociação], para conciliar, negociar. Mas nesse momento vocês devem transferir os esforços para essa comissão e os partidos políticos”, disse.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), opinou, ao final da reunião com os sindicalistas, que não se pode “transferir a conta do ajuste para o trabalhador”, mas não adiantou sua posição sobre as medidas provisórias.
De acordo com o governo federal, as medidas provisórias vão significar uma economia de R$ 18 bilhões por ano, a partir de 2015. Entre as mudanças definidas está a triplicação do período de trabalho exigido para que o trabalhador peça pela primeira vez o seguro-desemprego. Pelo texto, foi elevado de seis meses para 18 meses o período seguido de trabalho para que os recursos sejam liberados ao contribuinte que acaba de ficar desempregado.
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