Pai de zagueiro da Chape lamenta possível erro do piloto: “O mais triste”
Dias após o acidente que matou 71 pessoas, dentre elas, o próprio filho, o pai do atleta se mostra resignado e tranquilo.
O pai de Marcelo fez tudo que podia para ver o filho ser jogador de futebol. Levou para escolinha, calçou a cara para pedir que jogasse de graça, sem pagar a mensalidade, mais de uma vez em projetos sociais, não teve vergonha de acionar os vizinhos para custear a vida do menino longe de casa, e acompanhou todos os passos, da infância, até o profissional. Paulo Manoel da Silva poderia vestir uma capa, por ser o pai-herói de Marcelo. Porém, diferentemente dos personagens épicos de filmes e histórias em quadrinhos, Paulo não conseguiu voar e salvar o filho.
Dias após o acidente que matou 71 pessoas, dentre elas, o próprio filho, o pai do atleta se mostra resignado e tranquilo. A perda de um dos quatro filhos dói. Porém, para Paulo a maior tristeza tem sido acompanhar o noticiário e assistir aos depoimentos de sobreviventes e pessoas que, de alguma forma, tem contribuído com as investigações sobre a queda do avião da LaMia, na madrugada da última terça.
As informações sobre o plano de voo e a possibilidade de negligência do piloto da aeronave, Miguel Quiroga, quanto à quantidade de combustível utilizado para o trajeto entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia, indica a possibilidade de falha humana como razão para a tragédia. De acordo com o pai de Marcelo, a dor por tomar conhecimento do que pode ter levado o filho à morte é o que mais tem machucado a família.
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