Diretor diz que nova Chape terá força, velocidade, e cogita “craques” no time
Contratado para reconstruir plantel, executivo Rui Costa procura reforços para manter cultura de futebol da equipe
Um chamado, uma viagem de carro de seis horas, uma reunião de mais duas ou três, e um aperto de mão. Foi assim que Rui Costa, ex-Grêmio, tornou-se diretor executivo de futebol da Chapecoense. Em outras palavras, responsável pela reconstrução do time que encantava o país até se acidentar rumo à final da Copa Sul-Americana.
Há duas semanas, a queda do avião da LaMia matou 19 jogadores e deixou outros três gravemente feridos. Boa parte de comissão técnica e diretoria também foi vitimada. Dos nove atletas que não viajaram e têm contrato com a Chape, oito terão seus vínculos encerrados neste fim de ano. Só o argentino Martinuccio está garantido para 2017.
Depois de ser apresentado na última sexta-feira, Rui Costa iniciou formalmente seu trabalho na segunda. Entre telefonemas e reuniões mil, atendeu a reportagem do GloboEsporte.com na Arena Condá, e explicou suas ideias, premissas, necessidades e exigências para que a Chape entre em campo em 2017 e, mesmo sob o peso da tragédia, cause o mesmo impacto positivo.
Quão surpreso te deixou o convite para assumir a Chapecoense neste momento?
Acho que surpresa é uma boa palavra. Sou um homem de mercado e tinha uma situação bem encaminhada, mas não formalizada. Quando fechamos com a Chape, e estava o Vagner (Mancini, novo técnico da equipe), havia gente me ligando. Mas quando dou minha palavra é definitivo. Vivo um encantamento por esse projeto, por ele ser conduzido coletivamente. Não há “eu” aqui, é um clube que fala muito em “nós”. E me sinto privilegiado porque é uma tarefa, apesar de árdua, muito nobre. E desportiva. Temos que montar um time competitivo diante de todas as adversidades. Ninguém aqui está imaginando que terá sossego, mas esse projeto se apresenta tão interessante, pois transcende o futebol.
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