Por quarta Olimpíada, Isabel Clark abre temporada no snowboard aos 40 anos
Carioca mostra fôlego para resistir à dor das quedas e ânimo para acompanhar as evoluções do cross
Isabel Clark está cercada de atletas mais jovens, mesmo aquelas que também tentam a quarta participação olímpica. Para a brasileira, dona do melhor resultado do país na história dos Jogos de Inverno, iniciar mais uma temporada da Copa do Mundo de snowboard cross como a atleta mais velha do circuito é motivo de orgulho. Ainda competitiva e com fôlego para aguentar as pancadas – como uma sofrida durante a preparação para a etapa de estreia – a carioca segue motivada em busca da classificação para a Olimpíada de PyeongChang 2018. O primeiro passo será dado nesta quinta-feira, na fase classificatória em Montafon, na Áustria.
Aos 40 anos, Isabel chega à etapa austríaca após três semanas de treino na Europa e com a melhor estrutura de apoio da carreira. Além do marido e técnico Iván Fuenzalida, a carioca contará com um skiman, o atleta Lucas Falconi, especializado em acelerar a base da prancha, e uma fisioterapeuta. Ajuda esta que virá a calhar após um acidente sofrido em Cervínia, cidade italiana próxima à fronteira com a Suíça onde a atleta fez parte de seu treinamento.
– O treino em geral foi muito bom, tive uma evolução muito boa nos primeiros dias. Tive baterias supercompetitivas com as italianas, cheguei a ganhar uma. Mas no último dia estava um vento muito forte, a pista dura, e eu já estava cansada. Sofri uma queda forte e cai com o quadril. Tiver que fazer exames para ver se não tinha nada quebrado. Senti muitas dores e não pude treinar forte nos dias seguintes. Foi um passinho, um “passão” atrás. Mas fui voltando aos pouquinhos e, graças a Deus, consegui recuperar a confiança. (…) (Agora é) Torcer para me dar bem com essa pista (Montafon). Vou me esforçar para fazer o meu melhor.
O único treino de Isabel no local da competição aconteceu nesta quarta-feira. Mesmo antes de testar a pista, a brasileira elogiou o esforço da organização diante de um clima pouco favorável para a realização do evento. Nas semanas que antecederam o evento as temperaturas foram altas e não houve neve. Assim, foi preciso produzir neve artificial para montar o percurso.
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