Ruschel chora muito e já faz cálculos: “Farei de tudo para voltar em 6 meses”
Lateral se emociona ao lembrar de detalhes do voo e passa mensagem: “O que eu levo de lição é viver a vida”
Primeiro sobrevivente do acidente com a delegação da Chapecoense a receber alta, Alan Ruschel concedeu entrevista coletiva na manhã deste sábado em Chapecó. Muito emocionado, o jogador garantiu que vai voltar a jogar futebol e dar alegrias à torcida do Verdão do Oeste. O prazo pessoal, segundo ele e os médicos, pode ser de seis meses.
– Não tem palavras para explicar o que estou sentindo. É uma mistura de sentimentos, uma alegria grande por poder estar aqui de novo, sentado aqui. Mas ao mesmo tempo é um luto por ter perdido (chorando muito)… por ter perdido muitos amigos. Como eu postei foto esse dia, falando que seguirei em frente, honrando os que foram morar com Deus. Honrarei seus familiares que aqui ficaram, que hoje estão sentindo a dor. Farei de tudo para voltar a jogar, com muita paciência. Mas farei de tudo para dar alegria ao Plínio, aos médicos, farei de tudo para dar alegria a esse pessoal aqui. Eu calculei três meses para calcificar a coluna, já passou um. Mais dois meses para fortalecer a musculatura. Estou só na “capa do grilo” – disse ele.
Alan Ruschel admitiu que trocou de poltrona antes do voo fretado da LaMia partir de Santa Cruz de la Sierra com direção a Medellín. Ele contou um pedido de um dos diretores da Chape, Cadu Gaúcho, que morreu no acidente.
– Quando a gente chegou em Santa Cruz, a gente pegaria o voo fretado e o Cadu pediu… Eu estava sentando mais atrás, o Cadu pediu pra sentar na frente para deixar os jornalistas no fundo…(chora de novo)… Na hora eu não quis sair. Aí o Follmann (chora)…Aí eu vi o Follmann… Ele insistiu para sentar com ele. Aí saí de trás e fui sentar com o Follmann. É a parte que eu lembro – contou, muito emocionado, o jogador de futebol.
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