Pelo menos 10 casas correm risco de desabamento na Orla do Atu
Prefeitura de Macapá monta força-tarefa para possível retirada de famílias do local
Ao menos dez casas correm o risco de desabar por causa da força da maré do rio Amazonas, a orla do Aturiá, na Zona Sul de Macapá. Uma família chegou a ser retirada pela Defesa Civil do Estado na manhã desse domingo, 22, e levada para residência de parentes na capital amapaense. É a segunda família em dois dias que deixa a casa onde mora devido a maré alta somada a fortes chuvas e correntes de ventos. No sábado, 21, quatro pessoas da mesma família foram retiradas da região.
“Foi a sexta família retirada da orla do Aturiá somente em 2015 neste domingo. As casas dessas pessoas foram atingidas com desabamento de parte da estrutura”, afirmou o capitão Eder Prado, da Defesa Civil do Estado.
A prefeitura de Macapá informou que foi montada uma força-tarefa para possível retirada de famílias da orla macapaense. Equipes da Defesa Civil de Macapá e Secretaria de Assistência Social e Trabalho (Semast) visitaram as casas afetadas na madrugada deste domingo para orientar as famílias sobre o risco de terem a residência atingida pelo rio Amazonas. “Montamos um esquema para abrigar as famílias no Macapá Criança e depois realizar um cadastro no aluguel social e no conjunto habitacional São José”, comentou Maikon Vaz, coordenador da Defesa Civil Municipal.
Dados do Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) apontam que desde 2010, o rio Amazonas invadiu cerca de 30 metros para dentro do bairro, o que causou a retirada de 120 famílias da área.
Casos de desabamentos de imóveis no Aturiá acontecem desde 2008, quando o primeiro muro de arrimo que protegia a região foi destruído pela força do rio Amazonas. A obra do novo muro, lançada em agosto de 2013 e com previsão de entrega em um ano, está com pouco menos 30% dos 1.070 metros concluídos.
A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) informou que lançou uma nova frente de trabalho, atuando em dois pontos do muro. Com isso, a nova previsão para o término da obra passou para maio de 2015, mesmo com as chuvas.
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