Segundo as informações levantadas pela investigação, com base em relatos de testemunhas, e no depoimento dos próprios suspeitos, a polícia fez uma cronologia do crime. De acordo com o delegado João Neto, Josinei entrou na casa do aposentado às 5h30 da madrugada do dia 27 de janeiro de 2014, segunda-feira.
O elemento, que passou o dia anterior bebendo, ficou escondido à espera da vítima. Por volta das 7h30, Mário Ivo levantou. Ao abrir a porta, o aposentado foi surpreendido por Josinei. A vítima foi atacada com um golpe na cabeça. O suspeito usou um banco de madeira para derrubar o aposentado. Em seguida, Ivo foi esfaqueado no pescoço. Ele morreu no local.
Josinei limpou a área, enrolou o corpo em um lençol e colocou no porta-malas do veículo. Em seguida o elemento ligou para a menor que foi até a casa. “Ela já sabia o que estava ocorrendo desde o início”, disse o delegado.
Às 8h o casal deixou a casa, no bairro Infraero I, com o carro do aposentado. Eles rodaram com o veículo pela cidade até o meio dia. Josinei ainda chegou a dar carona para duas pessoas que não sabiam que no porta-malas havia um corpo. Uma dessas pessoas, uma mulher de 20 anos, chegou a ser detida, mas foi liberada porque não se comprovou o envolvimento.
Às 12h15 o suspeito seguiu para Mazagão. Gabriel – que já sabia do esquema – aguardava pelo comparsa. Em Mazagão Velho as duas mulheres foram deixadas na casa de parentes. Os dois homens seguiram no veículo para o local da desova. Eles demoraram uma hora e meia entre seguir para o local, abrir a cova e retornar.
“Quando eles voltaram do local onde o corpo foi enterrado a dupla ainda parou à beira de um riacho onde lavaram o carro para tirar os vestígios de sangue. Em seguida eles retornaram à cidade onde passaram o dia normalmente, inclusive, bebendo e tomando banho de rio”, revelou o delegado.
Às 18h, os suspeitos retornaram para Macapá. Por volta de 19h Josinei e a menor foram até a lavagem no bairro do Trem. O homem parou o carro metros antes da lavagem e deu a chave à garota. Ela foi até a lavagem e entregou ao lavador. O homem chegou a questionar o sangue no interior do carro, mas a infratora alegou que um ‘porco’ havia sido transportado no porta-malas. Em seguida o casal foi embora pra casa dormir.
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