Preocupado com delações, PMDB quer aliado na vice-presidência do Senado
Favorito para suceder Renan no comando da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) é alvo de denúncias na Lava Jato
Dono da maior bancada do Senado, o PMDB está preocupado com o futuro do provável sucessor de Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando da Casa: o atual líder do partido, Eunício Oliveira (CE). Temerosa com os imprevisíveis desdobramentos das delações dos executivos da construtora Odebrecht, a cúpula peemedebista quer um nome do PSDB para a vaga de vice-presidente do Senado.
O receio do PMDB se deve ao fato de Eunício – que deve ser eleito para a presidência da Casa na eleição marcada para 1º de fevereiro – ser um dos políticos citados nas delações da Operação Lava Jato. Na pré-delação que antecede a assinatura do acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República, o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse que repassou R$ 2,1 milhões ao senador cearense em troca de apoio a projetos de interesse da empreiteira.
Eunício nega a acusação e diz que todos os recursos de sua campanha foram recebidos e declarados de acordo com a lei e aprovados pela Justiça Eleitoral. No entanto, caciques do PMDB estão com receio de que a situação de Eunício se agrave e, caso ele seja eleito, a Justiça determine seu afastamento da presidência do Senado.
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