Polícia

Adiado julgamento do acusado de matar o aposentado Ivo Portela

É a terceira vez que o julgamento do acusado é adiado



O julgamento de Josinei Ferreira Miranda, 25 anos, denunciado pelo Ministério Público do Amapá de ser o executor do aposentado Mário Ivo Portela, de 82 anos, assassinado em janeiro do ano passado, foi adiado para o dia 17 de abril. O júri estava marcado para ocorrer nesta quarta-feira, 25, mas precisou ser adiado em face do julgamento de cinco policiais militares que respondem pelo assassinato de um jovem.

É a terceira vez que o julgamento é adiado. “Quando isso ocorre o sentimento de dor aumenta, apesar de entender a demanda da Justiça. Estamos confiantes que a condenação virá, mesmo que isso jamais apague essa mancha deixada por esse criminoso no seio da nossa família”, disse Francisco Portela, 40 anos, filho da vítima.

Crime
Ivo Portela, segundo a polícia, foi morto no dia 27 de janeiro de 2014. Há época do crime, de acordo com o delegado João Neto, presidente do inquérito, o ponto determinante para elucidação do assassinato foram as imagens do circuito de câmeras de uma lavagem de carros onde o veículo da vítima foi deixado.

Após colher farto material investigativo, o delegado representou pelo pedido de prisão de Josinei. A prisão ocorreu a noite de quarta-feira, 29, na casa de um irmão de Josinei, localizada no bairro Congós, zona Sul. Uma menor, suspeita de envolvimento no crime, também estava no imóvel e foi detida.
Em depoimento, o suspeito disse que tramou a morte do aposentado por ele (Ivo) tê-lo chamado de ladrão. Em novembro de 2013, o suspeito pegou o carro da vítima e desapareceu por três dias. Um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado. Desde então Josinei passou a ter ódio do aposentado, segundo o próprio elemento.

Porém, meses após a prisão de Josinei, a polícia descobriu o envolvimento da nora do aposentado. Segundo a polícia, Ivo descobriu que ela mantinha um relacionamento amoroso com o acusado e decidiu matá-lo para que a relação não fosse tornada pública.

Mário Ivo morava sozinho e Josinei havia se aproximado dele há algum tempo. O homem fazia serviços para o aposentado, inclusive, dirigindo para Ivo algumas vezes, mas o trabalho era sempre remunerado.

Como perdeu o “bico”, Josinei declarou que se revoltou. “Esse elemento demonstrou comportamento dissimulado o tempo todo. Em nenhum momento ele mostra arrependimento. A expressão fria no semblante dele não mudou nem durante a exumação do corpo”, concluiu o delegado Celso Pacheco que também participou das investigações.

Josinei foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Gabriel, que ajudou a enterrar o corpo do aposentado em uma cova rasa no distrito de Mazagão Velho, foi indiciado apenas por ocultação de cadáver.

 

 


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