Cidades

Juiz argentino rejeita denúncia contra Kirchner por acobertar

Acusação havia sido feita pelo promotor Alberto Nisman, achado morto



O juiz argentino Daniel Rafecas rejeitou a denúncia apresentada pelo falecido promotor Alberto Nisman contra a presidente Cristina Kirchner por supostamente acobertar ex-governantes iranianos por um atentado antissemita realizado em 1994 em Buenos Aires, segundo uma fonte judicial.

A origem do caso remonta há mais de 20 anos, quando uma explosão na mutual judaica-argentina Amia matou 85 pessoas e deixou 300 feridos.

De acordo com o Centro de Informação Judicial (CIJ), Rafecas rejeitou abrir investigação sobre as acusações de Nisman, apresentada pelo promotor Gerardo Pollicita, embora a decisão ainda possa sofrer apelação.

“A análise das evidências apresentadas junto com a denúncia inibem o início de um processo penal, porque não só deixam órfão de qualquer sustento típico o fato descrito, como também uma suposta manobra de ‘encobrimento’ e/ou ‘entorpecimento da investigação’ do atentado contra a Amia, destinado a dotar de impunidade os acusados de nacionalidade iraniana”, segundo a resolução do juiz. “Pelo contrário, tais evidências se contrapõem de modo categórico ao suposto ‘plano criminoso’ denunciado”, considera Rafecas.

Quatro dias antes de morrer com um tiro na cabeça em seu apartamento, Nisman acusou Kirchner, seu chanceler Héctor Timerman e pessoas próximas ao governo argentino de ter acobertado os acusados iranianos pelo atentado à Amia.

O promotor Gerardo Pollicita acolheu a denúncia e ,no dia 13 de fevereiro, pediu a Rafecas para processar Cristina Kirchner e o resto dos acusados por Nisman. De acordo com a imprensa local, Pollicita disse que apelará da decisão do juiz.


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