Polícia

Projetos do 2º BPM previnem e reduzem criminalidade na zona no

‘Policiamento Escolar’ e operação ‘Ônibus Seguro’ têm contribuído para redução de crimes na zona norte, onde residem quase duzentas mil pessoas



(Foto - Samuel Silva)

O modelo de policiamento no Amapá passa por uma transição há algum tempo, e os resultados têm sido os melhores possíveis. O policiamento comunitário se instala com apoio incondicional da população. Um exemplo disso são as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM), com base na entrada do bairro Infraero I, e que é responsável pelo atendimento de ocorrências nos 27 bairros da zona norte da capital, onde residem quase duzentas mil pessoas.

O projeto ‘Policiamento Escolar’, criado há uma década, é um dos projetos sociais que têm contribuindo para a prevenção da violência naquela região da cidade. Inicialmente o projeto tinha a missão de apenas garantir o policiamento nas escolas. Porém, no decorrer do processo, percebeu-se a necessidade de se interagir com a comunidade.

Hoje, dez anos depois, os policiais do 2º BPM oferecem palestras nas escolas, conversam com pais de alunos e o corpo docente dos educandários, garantindo uma proximidade que assegura um melhor resultado na formação de crianças, adolescentes e jovens.

“Atuamos na prevenção de crimes em mais de 40 escolas da zona Norte. Identificamos, por exemplo, suspeitos infiltrados nos estabelecimentos de educação, principalmente, aqueles que se transvertem de estudantes para aliciar menores. Então, montamos uma rede preventiva que envolve professores, policiais e pais de alunos. Essa integração tem funcionado. Claro, ainda não da maneira que objetivamos, mas chegaremos lá”, disse o sub tenente Andrei, que é um dos pioneiros na implantação do projeto no batalhão.

Para ampliar a rede preventiva os policiais disponibilizaram um número de telefone para contatos (99173-9675). Através desse número os professores e a comunidade podem fazer denúncias sobre pessoas suspeitas nas escolas.

“Usamos a tecnologia a nosso favor. Os resultados aparecem dessa forma. Hoje, como exemplo, um cidadão que observa uma pessoa suspeita pode fazer uma foto discretamente pelo celular e envia par nosso whatsapp. Com isso, ao chegar no local já temos a identificação desse suspeito. Muitas pessoas já foram abordadas e presas, evitando que crimes fossem cometidos”, destaca.

Porém, o 2º BPM tem intensificado as visitas orientadas com coordenadores escolares e a realização de palestras. “É preciso ir para dentro das escolas, mostrar a verdade e orientar essas crianças, adolescentes e jovens de que eles tem um futuro brilhante pela educação, e que o envolvimento com o mundo do crime pode levá-los a uma prisão ou até mesmo à morte. Nenhum pai quer ver seu filho envolvido em assaltos ou com o tráfico de drogas. Por isso é importante que esses pais acompanhem a vida escolar de suas crianças. Unidos venceremos essa guerra”, concluiu.

Ônibus Seguro

Outra ação do 2º BPM que tem contribuído para redução dos índices de criminalidade na zona Norte de Macapá é a operação ‘Ônibus Seguro’. No ano passado eclodiu uma onda de assaltos ao transporte público que deixou temerosa a população. Em um único dia chegou a se registrar até dez ações criminosas.

Em março do mesmo ano o batalhão colocou em prática a operação. “Fizemos um mapeamento das áreas críticas, identificando que os crimes ocorriam, principalmente, nos bairros São Lázaro, próximo à ponte Sérgio Arruda, Novo Horizonte e loteamento Amazonas. A partir disso criamos um plano estratégico de atuação. Os resultados estão ai, no mês passado tivemos apenas um único registro de assalto a ônibus, e mesmo assim, de menor potencial ofensivo”, afirmou o tenente Liebert, diretor da divisão de Comunicação do batalhão.

A operação realiza barreiras em pontos estratégicos, faz abordagens a suspeitos, dentro dos ônibus e próximo às paradas, além de manter um canal aberto com os motoristas e cobradores. “Foi criado um código com os motoristas. Quando existe qualquer suspeita dentro dos ônibus, eles [motoristas] emitem sinais de luz que orientam as viaturas. Feita essa observação os policiais abordam o veículo e detém os suspeitos para averiguação”, concluiu o tenente Liebert.


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