Nota 10

Banzeiro do Brilho-de-Fogo enfeita Macapá com linda homenagem

No início, foram oferecidas oficinas gratuitas no Quilombo do Curiaú, de Percussão, Adereços, e Confecção de Instrumentos, e um grande número de alunos foram aprender as primeiras lições com os mestres da cultura popular, Paulinho Bastos, Adelson Preto, Esmeraldina Santos, Pedro Bolão, Melissa Silva, e instrutores que compõem o projeto.


A ideia era montar uma orquestra popular que tocasse músicas que retratassem as belezas e as tradições culturais da nossa região, formada por pessoas que tivessem orgulho de cantar e tocar nossos valores. Esse foi o sentimento do grupo de artistas e produtores culturais do Amapá, quando pensaram em criar o projeto Banzeiro do Brilho-de-fogo, em 2014, e pelo terceiro ano, os batuqueiros, Cordão das Açucenas e crianças do Jardim do Banzeiro, saem em cortejo musical nas ruas, fazendo uma colorida e animada homenagem à Macapá, tocando as canções que compõe a seleção de composições feitas em homenagem à capital e ao estado do Amapá.

No início, foram oferecidas oficinas gratuitas no Quilombo do Curiaú, de Percussão, Adereços, e Confecção de Instrumentos, e um grande número de alunos foram aprender as primeiras lições com os mestres da cultura popular, Paulinho Bastos, Adelson Preto, Esmeraldina Santos, Pedro Bolão, Melissa Silva, e instrutores que compõem o projeto. “Com o crescimento do projeto, tivemos que sair do quilombo e ir para as praças, associações, escolas e faculdades, para atender a demanda de pessoas que não podiam ir até o Curiaú”, conta Adelson Preto, coordenador geral do projeto.

No quilombo do Curiaú e nas oficinas itinerantes, os alunos aprendiam a tocar caixas e chocalhos, mas também a cantar as músicas que falam da nossa cultura, da natureza, pessoas, costumes e tradições. “Muitos aprendizes não conheciam os tambores de marabaixo nem nossos compositores, cantores e poetas, que sempre estavam presentes nas oficinas, e se encantaram com a riqueza musical, participaram porque viram na imprensa acharam interessante”, lembra o músico Alan Gomes. Para a coordenação, que tinha o objetivo de incluir social e culturalmente pessoas de todas as idades, esta meta foi cumprida, e hoje o Banzeiro é um celeiro da cultura local.

A valorização das tradições, que sempre foi o foco do projeto, está presente nas músicas, mas também nos adereços, que remetem ao Amapá e Macapá, e nos instrumentos, feitos pelos alunos das oficinas e por mestres como Elson Jacundá, Dô Sacaca, Adelson Preto, e decoradas por artistas como Afrane Távora. “Quando o Cortejo do Banzeiro do Brilho-de-fogo passa, é um desfile musical e visual, ele mostra em quadros o Amapá, cada peça é um retrato, das roupas aos instrumentos, não tem como não se identificar”, fala Paulinho Bastos.

Em 2017, quando Macapá completa 259 anos, mais de 300 crianças, jovens, adultos e idosos estarão no Cortejo do Banzeiro, integrando os elementos do projeto, que são os batuqueiros, Açucenas e crianças do Jardim. Acompanhando o cortejo, dançadeiras de marabaixo e artistas circenses, e a população que vai acompanhando a procissão sonora até a praça Floriano Peixoto, onde o cortejo encerra, e dá início à programação que festeja durante todo o dia o aniversário de Macapá.


Deixe seu comentário


Publicidade