Política
Telles Júnior revela que estrada de ferro também será privatizada
Governo ainda depende de regularização dos imóveis para realização do leilão. Rádio Difusora também poderá passar para a iniciativa privada
O titular da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) Antônio Teles Júnior revelou na manhã desta terça-feira, 07, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que estudos estão sendo feitas para que a Estrada de Ferro do Amapá (EFA) também seja incluída na relação de bens que serão leiloados pelo Governo do Estado. Ele explicou que a data do leilão – que prevê a arrecadação de pelo menos R$ 3,4 milhões ao GEA – ainda não foi definida por causa da falta de regularização dos imóveis.
“Paralelamente à avaliação dos bens, estamos efetivando a regularização desses imóveis porque há muita pendência de documentos; esse processo vem ocorrendo há seis meses, porque na maioria dos casos o governo tem a posse, mas não possui documento de propriedade; já o Macapá hotel, que é o bem de maior valor, que de acordo com avaliação feita pela Seinf (Secretaria de Estado de Infraestrutura) será de R$ 27 milhões, o prédio está muito deteriorado por causa de problemas na construção. A Sead (Secretaria de Estado de Administração) é que está com a missão de estabelecer prazos para o leilão”.
Sobre os bens a serem leiloados, Teles Júnior revelou que a Estrada de Ferro do Amapá (EFA) e a Rádio Difusora de Macapá também poderão ser repassados à iniciativa privada: ”Não está descartado leilão da Rádio Difusora, porque além da avaliação patrimonial há ainda a questão da concessão; quanto à Estrada de Ferro vamos adotar a mesma estratégia da Caesa (Companhia de Água e Saneamento do Amapá), isto é, vamos submeter ao BNDES (Banco Econômica de Desenvolvimento Econômico e Social), que possui mecanismos necessários para encontrar investidores interessados na gestão”.
O secretário da Seplan admitiu que o GEA não tem como arcar com as despesas para recuperação e funcionamento da EFA: “Hoje a Estrada de Ferro não está dentro dos padrões necessários, tanto que algumas estimativas dão conta que seriam necessários recursos da ordem de R$ 400 milhões para recuperação e funcionamento, e o Governo do Estado não tem como bancar esses serviços, por isso estamos buscando o BNDES e o próprio governo federal para conseguir um investidor que possa arcar com esses investimentos”.
Indagado sobre o destino da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Teles Júnior explicou que há diretriz da Presidência da Republica para o setor elétrico todo através de Marco Regulatório, mas reconheceu que sua privatização é questão de tempo: “A privatização da CEA é uma possibilidade real, mas ainda há estudos aprofundados para serem feitos e questões para serem resolvidas, como no que diz respeito aos servidores; no meu entendimento, essa responsabilidade vai passar automaticamente para quem arrematar a empresa, porque a concessionária passar a arcar os bônus e os ônus do bem arrematado”.
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