Polícia

Suspeito de envolvimento na morte de universitário nega participação no crime

A polícia já havia informado que os disparos não eram contra o universitário, mas tinham como alvo Adailton de Abreu Ferreira, 30 anos, o ‘Suke’


O delegado Ronaldo Coelho, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe) tomou na manhã dessa terça-feira, 7, o depoimento de Aldair Bastos Ferreira, de 26 anos, que é investigado por envolvimento no assassinato do acadêmico do curso de arquitetura Gideon Santos do Rosário, morto a tiros na noite de 21 de janeiro no conjunto Hospital de Base, zona sul de Macapá.

A polícia já havia informado que os disparos não eram contra o universitário, mas tinham como alvo Adailton de Abreu Ferreira, 30 anos, o ‘Suke’, que há quase dez anos teria assassinado o tio de Aldair, e que recentemente deixou a cadeia. A morte de Suke seria uma vingança.

“O Aldair se apresentou na companhia de um advogado. Nós já havíamos interrogado o irmão dele – que é menor de idade – e que durante depoimento confessou ser o carona da moto que efetuou os disparos. Foi o menor que apontou o próprio irmão como sendo o piloto da moto que deu fuga aos suspeitos na noite do crime. Não sei o motivo, mas o Aldair negou envolvimento. É um direito que lhe assiste [negar], mas fizemos o indiciamento com base nos elementos que colhemos no curso das investigações”, declarou o delegado.

O menor – que assumiu a autoria dos disparos – também confessou que o alvo naquela noite era o elemento conhecido como Suke. “O rapaz [Gideon] estava no local e hora errada. O alvo era o Suke”, teria declarado durante o depoimento o menor. Gideon, que não morava no conjunto, estava voltando para casa depois de visitar o irmão.

A vítima passava em frente a um grupo de amigos, onde estava o desafeto dos irmãos. O próprio Suke, que foi ouvido pela polícia, reconheceu ser o alvo dos elementos. “Eu e o Aldair nos conhecemos. Sempre que nos encontrávamos por ai rolava uma troca de olhares e ameaças dele. Naquela noite ele veio para me apagar, mas errou”, declarou.

O delegado disse que vai aprofundar um pouco mais as investigações, antes de concluir o inquérito, apenas para saber se pode haver a participação de mais pessoas no crime.


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