A Câmara dos Deputados aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar a crise política instaurada na Venezuela e os desdobramentos da prisão, pelo governo venezuelano, do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma.
O prefeito da capital venezuelana foi detido pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) em seu gabinete no último dia 19, acusado de conspiração contra o governo. Ledezma é conhecido por ser um dos principais opositores à administração do presidente Nicolás Maduro.
Segundo o autor do requerimento aprovado nesta quarta na Câmara, deputado Rubens Bueno (PPS-PR), líder da bancada, a ideia é que o grupo de parlamentares brasileiros vá até a Venezuela para encontro com representantes do Parlamento local. O objetivo, segundo Bueno, é conhecer as “verdadeiras condições” de atuação dos partidos que fazem oposição ao presidente Nicolás Maduro.
“Temos que mostrar que o Parlamento brasileiro não está de olhos fechados, de ouvidos tapados”, afirmou Bueno ao defender o pedido, que foi aprovado de forma simbólica (sem o registro dos votos no painel eletrônico).
No pedido de criação da comissão, Bueno diz que o requerimento é “apartidário” e respeita “a soberania venezuelana”. O número de integrantes e a composição do colegiado ainda serão definidos.
Na Venezuela, políticos anti-chavistas consideram a detenção de Ledezma um sinal da radicalização de métodos de repressão contra opositores e uma manobra para tirar o foco dos problemas econômicos e de desabastecimento que afetam a população.
Deixe seu comentário
Publicidade