Medidas de ajuste são importantes para manter confiança, diz F
Reuniões foram ‘bastante profícuas e produtivas’
As medidas anunciadas nos últimos meses pelo governo federal para ajustar as contas públicas, entre elas o aumento de tributos e a limitação de benefícios sociais e gastos públicos, são “fatores relevantes para a manutenção da confiança dos investidores na economia, condição essencial para o crescimento sustentável e a manutenção dos ganhos sociais conquistados”, avaliou Levy.
Nos últimos dias, integrantes da equipe econômica e do governo se reuniram com representantes da Standard & Poor’s – uma das principais agências de classificação de risco. Em março do ano passado, a S&P rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil, que reflete a confiança de investir no país, de “BBB” para “BBB-“. Apesar disso, a economia brasileira ainda permaneceu com o chamado “grau de investimento”, que é um tipo de recomendação para investir no país.
O objetivo do governo é manter o “grau de investimento” para o país. Nesta quinta-feira, a equipe da Starndard & Poors foi recebida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo nota à imprensa divulgada pelo governo, as reuniões ocorridas nos últimos dias “foram bastante profícuas e produtivas”.
“O objetivo da visita da equipe da S&P é permitir à agência avaliar as perspectivas econômicas do país e a consistência de sua política econômica, buscando consolidar sua percepção sobre a capacidade e a disposição do governo em honrar, completa e pontualmente o serviço de sua dívida. A visão de uma agência de classificação de risco é importante para balizar a decisão de investimento em um país, seja na economia real ou em seus ativos financeiros”, informou o Ministério da Fazenda.
Indicadores sofreram forte deterioração em 2014
No ano passado, os indicadores da economia brasileira, que são avaliados pelas agências de classificação de risco em suas avaliações, sofreram forte deterioração. As contas externas registraram em 2014 um déficit de 4,17% do PIB, o que configura o pior resultado em 13 anos (e um dos mais altos do mundo).
Ao mesmo tempo, as contas públicas brasileiras tiveram o primeiro déficit primário da história no último ano, segundo o Banco Central. Após o pagamento de juros da dívida pública, foi registrado um déficit nominal de R$ 343 bilhões – o equivalente a expressivos 6,7% do PIB no ano passado.
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