‘Não tem fórmula mágica’, diz Rodrigo Maia sobre reforma da Previdência
Ele defendeu proposta do governo que muda regras para aposentadoria pelo INSS e disse que idade mínima de 65 anos é ‘defensável.’
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu a proposta do governo Temer para a reforma da Previdência, já em discussão no Congresso, e disse que não adianta “achar que vai ter fórmula mágica” para resolver o déficit crescente do INSS. “Qualquer despesa tem que ter receita para cobrir. Por exemplo: aposentadoria rural. Tem muito pouca contribuição e representa R$ 100 bilhões dos R$ 150 bilhões de déficit do RGPS [INSS]”, disse Maia, que abordou a tramitação da proposta do governo de reforma da Previdência.
O regime de previdência do setor privado é dividido em rural e urbana. A primeira, que atende aos trabalhadores que atuam no campo, é responsável pela maior parte do déficit do sistema. Uma das razões é que, hoje, os trabalhadores rurais não precisam comprovar contribuição previdenciária para ter direito à aposentadoria.
Por conta disso, o governo federal já informou que pretende tornar obrigatória a contribuição previdenciária dos trabalhadores rurais. A expectativa do governo é quadruplicar essa arrecadação. “Não adianta a gente imaginar que tem solução que não passe pela aposentadoria rural. E o governo não está propondo uma supertaxação, mas sim uma taxação mínima”, declarou Maia. Ele disse que a reforma da Previdência pode ser votada pelo plenário da Câmara na segunda quinzena de abril.
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