‘Alguém acha que somos suicidas?’, diz Marun ao defender reforma da Previdência
Entre outros pontos, o governo propôs idade mínima de 65 anos para homens e mulheres terem direito à aposentadoria e contribuição por 49 anos para o cidadão ter direito à aposentadoria integral.
Aliado do Palácio do Planalto, o presidente da comissão da reforma da Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), defendeu a necessidade de se aprovar a proposta e questionou: “Ou alguém acha que nós somos suicidas e estamos querendo fazer na marra?”.
Entre outros pontos, o governo propôs idade mínima de 65 anos para homens e mulheres terem direito à aposentadoria e contribuição por 49 anos para o cidadão ter direito à aposentadoria integral. O projeto também prevê uma regra de transição, que define quem é ou não atingido pela reforma, e que fixa 45 anos ou mais, para mulheres, e 50 anos ou mais, para homens. “O governo quer [a reforma da Previdência], mas quer por que? Porque o Brasil necessita. Ou alguém acha que nós somos suicidas e estamos querendo fazer na marra?”, disse Marun. E acrescentou: “Somos críticos, somos homens públicos, mas só que somos responsáveis. E, por sermos responsáveis, nós entendemos, sim, que deve haver uma modernização da nossa Previdência e estamos lutando para isso”.
Desde que foi apresentada, a medida enfrenta resistência tanto da oposição quanto de parte dos parlamentares que apoiam o governo Temer. Líder da maioria na Câmara, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) reconheceu que as mudanças propostas provocaram “rebuliço” e “inquietação” na base aliada.
Mudanças
Mais cedo, o relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que a reforma não vai passar da forma como está e que alterações terão que ser feitas, entre elas nas regras de transição. Por outro lado, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, tem defendido que a proposta do governo seja aprovada sem mudanças para garantir o equilíbrio das contas públicas brasileiras. Ele chegou a dizer que, sem a reforma da Previdência, serão necessários cortes em programas sociais e em investimentos do governo.
Bate-boca
Também nesta quinta, Maun bateu boca com deputados da oposição durante reunião da comissão especial sobre a reforma da Previdência.
Durante audiência pública no colegiado, o auditor fiscal da Receita Federal Delúbio Gomes Pereira da Silva justificava a importância da aprovação da reforma da Previdência, quando foi interrompido pelo deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA).
O parlamentar argumentou que problemas apresentados pelo convidado, como servidores que recebem pagamentos acima do teto constitucional, não seriam resolvidos com uma reforma previdenciária. “Nós não somos um bando de idiotas”, disse o parlamentar.
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