Política Nacional

Temer diz preferir ser ‘impopular a populista’ em entrevista

Presidente foi entrevistado pela revista norte-americana ‘The Economist’ em Brasília


O presidente Michel Temer disse em entrevista à revista norte-americana “The Economist” que “prefere ser impopular agora do que um populista”. O texto publicado fala das reformas promovidas pelo governo, de seu apoio no Congresso, menciona as investigações da chapa que o elegeu vice-presidente e até a possibilidade de uma reeleição. Neste caso, Temer diz ter “total paz de espírito” e afirma que todas as doações de campanha foram registradas legalmente.

A revista diz que Temer é um presidente “acidental”, mas com consequências – e lista as mudanças e reformas propostas e colocadas em vigor por seu governo, como o congelamento dos gastos públicos por 20 anos e a reforma da previdência, apontadas pelo Executivo como medidas necessárias para tirar o país da recessão. O presidente cita a si mesmo como um exemplo de aposentadoria prematura e diz que as reformas vão proteger “o futuro de todos os programas sociais”.

Na entrevista, Temer rebate as acusações da oposição de que as reformas estão sendo feitas às custas dos mais pobres, e diz que sem as medidas o governo federal terá o mesmo destino de estados como RJ e MG, “virtualmente falidos”.

A “The Economist” aponta que até agora o Congresso seguiu os planos de Temer, que cita que o governo tem “uma base parlamentar extremamente sólida”. Apesar disso, ele reclama do sistema político brasileiro – “o Brasil não tem partidos, só acrônimos”.

A revista ainda menciona as investigações contra a chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014 e o depoimento de um dos delatores da Lava Jato que aponta que o presidente negociou o pagamento de doações de campanha. Ele diz, no entanto, que a operação é “o melhor exemplo” do processo de fortalecimento das instituições nacionais brasileiras, e que todas as doações de sua campanha foram feitas legalmente.

Segundo a publicação, Temer não demostrava estar alarmado com os problemas – mesmo tendo menos de 30% de aprovação, aliados na mira de investigações e sendo considerado por muitos brasileiros como ilegítimo.


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