Wellington Silva – Jornalista e Historiador
Articulista
E a recessão chegou sem pedir licença, não bateu à porta do brasileiro, e veio como um dragão para tentar ficar como inquilina indesejável.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que nossa economia encolheu 3,6% ano passado. E o que é pior, a queda continua em 2017. Vivemos atualmente a mais longa recessão que este país já experimentou. O PIB, que é a somatória de todas as riquezas produzidas por uma nação, já tinha apresentado, em 2015, baixo índice: 3,8%.
Nunca antes neste país havíamos experimentado dois anos seguidos de completo retrocesso da economia. Analistas da Agência de notícias Reuters estimavam uma queda no PIB brasileiro de 3,5%. Já o Banco Central tinha projetado resultado pior: queda de 4,55%.
O PIB nacional alcançou, em valores atuais, R$ 6,3 trilhões.
De acordo com analistas, no quarto trimestre, a economia encolheu 0,9% em relação aos três meses anteriores e 2,5% na comparação com o mesmo período de 2015. O resultado é pior que o esperado e indica que a recessão se aprofundou no final do ano passado. Foi o décimo primeiro trimestre seguido de queda, na comparação anual, e o oitavo na comparação com o trimestre anterior.
Desde 1996, data em que o IBGE começou a atual pesquisa, que o resultado expressa a maior sequência de dados negativos. Portanto, são 20 anos de pesquisa.
Em 2016, todos os setores da economia tiveram forte queda. O mais atingido com a recessão foi à agropecuária, que caiu 6,6%, seguido da indústria, com índice percentual de -3,8%. O setor de transformação, que fornece equipamentos e insumos para outros setores, despencou 5,2%. O mesmo índice de queda foi registrado na construção. A atividade de indústria ligada a energia, gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 4,7%.
O setor de serviços teve uma queda de -2,7. As piores quedas foram registradas nas atividades de transporte, armazenagem e correio (-7,1%), seguido pelo comércio (-6,3%). O total de desempregados, de acordo com nova pesquisa, saltou para 24 milhões.
Os piores anos para a economia brasileira, quando obteve péssimo desempenho, foi, incialmente, em 1990, no governo de Fernando Collor de Mello, com o confisco da poupança. Depois veio 2015 e 2016, com a era petista. E já fazia tempo que o governo petista vinha mascarando números. Inicialmente, o bicho papão mascarado de carneirinho carneirão estava na moita e depois já estava na área, descaradamente, perturbando a economia e tirando o sossego do povo brasileiro.
Na sequência do filme, veio o pior: escândalos, mensalão, caso Petrobrás, etc e tal. Uma espécie de tsunami político/moral que até hoje a todos preocupa, e muito.
“Eu não sei de nada, eu não vi nada companheiro…”
Em que fim vai dar isso tudo?
É o que perguntam milhares de brasileiros.
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