Acusados de matar agente penitenciário são condenados
Somadas as penas dos três réus condenados chegam a mais de 40 anos
Terminou após dois dias, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, o julgamento dos quatro réus acusados de envolvimento no assassinato do agente penitenciário Clodoaldo Brito Pantoja, executado com 19 tiros de pistola, aos 40 anos de idade, em junho de 2012, durante emboscada em um ramal da Ilha Mirim, zona Oeste de Macapá.
Por volta de 20h30 o Conselho de Sentença se manifestou pela absolvição de um dos réus e a condenação dos outros três. O juiz Luiz Nazareno Borges Hausseler, presidente dos trabalhos, sentenciou a 12 anos e 6 meses de prisão o réu Wesley Alves da Silva, que aguardava julgamento no Iapen; Luiz Carlos Silva Teixeira, que foi recambiado do presídio de Americana, em Belém (PA), foi condenado a 14 anos e 6 meses de prisão. Wagner João Oliveira Melonio, que havia sido transferido para o presídio federal de Catanduvas (PR), foi sentenciado a cumprir pena de 16 anos e 4 meses.
O quarto réu, Ismael Carlos Landes Nicolau, que era considerado foragido pela Justiça, mas que foi julgado à revelia, terminou absolvido por maioria de votos. A banca de advogados de defesa dos réus recorreu das sentenças.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), afirmava que a motivação para o crime seria o pulso forte da vítima dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em Macapá. Clodoaldo era chefe de segurança e comandava mais de 60 agentes penitenciários. Segundo ainda a Promotoria, o agente era fiel combatente do tráfico de drogas na cadeia, e isso teria despertado a fúria dos traficantes presos. A defesa negou.
Após o julgamento, os presos foram transferidos para o Iapen onde deverão cumprir suas penas. Wagner Melonio, no entanto, poderá ser recambiado novamente para o presídio federal, já que ele é apontado como líder de uma grande rede criminosa no Amapá.
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