Alvos do Supremo, deputados citados querem continuar na CPI da
Lázaro Botelho é membro titular; Sandes Júnior, suplente
Os deputados Lázaro Botelho (PP-TO) e Sandes Júnior (PP-GO) informaram que não pretendem deixar a CPI da Petrobras, da qual são integrantes, apesar de responderem a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o esquema de corrupção na estatal.
Botelho e Sandes são investigados por supostamente fazerem parte de um grupo do PP que, segundo o doleiro Alberto Youssef, recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da “cota” da legenda no esquema.
Sandes Júnior, que é suplente no colegiado, argumenta que as acusações contra ele não têm “consistência”, mas reconhece que, se houver desgaste para o partido, poderá, mais para a frente, se declarar impedido e sair da CPI. “Como a acusação não tem nenhuma consistência, é de fácil defesa por mim, eu não vou pedir o meu afastamento a não ser que continue desgastando, desgastando”, disse Sandes.
Botelho é titular da comissão e, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não irá se pronunciar e que, por enquanto, continuará a fazer parte do colegiado.
O PPS já entrou com requerimentos para convocar para depor na CPI os 47 políticos investigados pelo Supremo, incluindo Botelho e Sandes Júnior. Para Sandes Júnior, não há contradição em fazer parte da CPI e prestar depoimento como investigado. “Eu não tenho nenhum problema em depor. Como não sou titular, não fica estranho”, afirmou. E continuou: “Eu não compareci em nenhuma sessão porque eu sou suplente e, na suplência pretendo continuar porque a acusação que pesa contra mim é inconsistente. Quem não deve não teme”.
Para o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), a presença deles na comissão “desmoraliza” a CPI. “É evidente que eles precisam se declarar impedidos”, afirmou.
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