Ministro do STF homologa delações de João Santana e Mônica Moura
Relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin também homologou delação de AndréSantana, funcionário do casal.
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de delação premiada do ex-marqueteiro do PT João Santana, da mulher dele, Mônica Moura, e de André Luis Reis Santana, funcionário do casal. A colaboração foi proposta pela defesa de João Santana e Mônica Moura, e aceita pelo Ministério Público.
A homologação da delação pelo STF dá validade jurídica ao acordo e permite, a partir de agora, que a Procuradoria Geral da República (PGR) peça novas investigações com base nos relatos.
O caso foi remetido ao STF por envolver autoridades com o chamado foro privilegiado, como ministros e parlamentares. O conteúdo do que o casal falou aos investigadores, porém, ainda está em sigilo. O fim do segredo depende de pedido da PGR.
João Santana foi marqueteiro nas campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). Santana e Moura foram presos em fevereiro do ano passado e soltos em agosto. A defesa do casal, constituída pelos advogados Juliano Campelo, Beno Brandão e Alessi Brandão, confirmou a a intenção de Joao Santana e Monica Moura de colaborar com a Justiça. Mas informou que não pode comentar o teor do acordo homologado pelo STF, porque está sob sigilo.
Investigações
Durante as investigações da Lava Jato, foram encontrados indícios de que o marqueteiro recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.
De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal, o dinheiro era oriundo de propina de contratos na Petrobras.
O ex-marqueteiro do PT e a mulher confirmaram ao juiz federal Sérgio Moro que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010.
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